Sujeira das cadeiras e desrespeito à marcação dos lugares. Essas são algumas reclamações de torcedores que estão no Maracanã para assistir ao amistoso entre Brasil e Inglaterra, neste domingo, na reabertura do estádio. A orientação do lado externo, dentro da arena e a rapidez no acesso foram elogiados.

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A professora Karine Magesse faz parte de um grupo de 14 pessoas que decidiu ir ao Maracanã e estava indignada com a sujeira dos assentos. "Não dá para sentar, está imundo", reclamava enquanto comprava refrigerantes e cachorro quente numa das lanchonetes do Maracanã, mostrando um pedaço de papel higiênico marrom de poeira.

Ela também protestou porque alguns torcedores não estavam respeitando a demarcação dos lugares. "Estão sentando onde querem e quem comprou ingressos em sequência para ficar junto tem de ir para outro lugar", disse.

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Ao seu lado, o marítimo André Gomes interveio e explicou que para os ingressos referentes às gratuidades - caso dele, que tem o direito de assistir jogos no Maracanã sem pagar pelo bilhete - a escolha do assento é livre. André mostrou seu ingresso e a Karine, confirmando suas palavras.

Questionada, uma voluntária que preferiu não ser identificada, confirmou a falta de respeito aos lugares. Mas garantiu que a grande maioria dos torcedores estava seguindo a marcação existente do ingresso."Até agora, são poucos os casos. Quando a gente vê alguém fora do lugar, tenta orientar. E eles (torcedores) têm sido atenciosos."

Mas ela reconheceu ser impotente para lidar com os intransigentes. "Se a pessoa insistir em ficar, a gente não pode fazer nada."

A voluntária revelou também que não recebeu nenhum tipo de treinamento prático, apenas orientações. Uma das determinações, em caso extremo, é pedir o auxílio da segurança privada que opera no estádio e até mesmo da polícia.

Torcedora fanática do Flamengo, a professora frequenta o Maracanã há muito tempo e elogiou o "novo figurino" do estádio. "A visão do campo é excelente. Mas eles tinham de ter concluído todas as obras antes, né?", ponderou, numa referências às obras que ainda precisam ser feitas no entorno do estádio.

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Karine e André confirmaram que os portões foram abertos com atraso de 30 minutos - o horário marcado era 13 horas. E que os primeiros torcedores não passaram pelo detector de metal. "No acesso da Uerj (assim chamado porque a entrada fica próxima à universidade) não passamos por detectores. Qualquer um podia entrar com qualquer coisa", disse André.

Foi constatado, de dentro do estádio, por volta das 15h, um agrupamento enorme na rampa de acesso localizada do setor da Uerj (lado oeste do estádio), antes dos detectores de metal. Pouco depois, o agrupamento foi bastante reduzido, pois a passagem pelos detectores foi "agilizada".