Guardado no topo da lembrança do torcedor alviverde, o título brasileiro de 1985 ramifica-se para perpetuar um nome e uma partida ligados à maior conquista coxa-branca. Evangelino Neves, o presidente naquela campanha, e Coritiba 1 x 1 Bangu (6 x 5 nos pênaltis), o duelo daquela final também lideram a nostalgia dos 100 anos.
"Para quem estava esmagado lá no Maracanã entre 4 mil coxas, vendo o estádio vazio e imaginando que seria o maior vexame e, de repente, ver encher com 94 mil torcedores, aquele gol do Índio é demais", relembrou o chef Celso Freire, agitando-se na cadeira como se voltasse à noite de 31 de julho de 85.
A alegria dele é a mesma de 71% dos entrevistados pela Paraná Pesquisas sobre o melhor momento do centenário. "Mesmo quem não tinha nascido escolhe esse jogo pela importância", comenta o helênico Sílvio César Marçal Gonzaga.
Presidente tanto na década de 70 como em 85, o Chinês é lembrado como o personagem mais relevante da história coxa-branca, com 28% de escolha. Evangelino ganhou companheiros de preferência entre os convidados para comentar a pesquisa. Cirino votou em Arion Cornelsen (presidente entre 56 e 63). Gonzaga acrescentou Antônio Couto Pereira (presidente por 14 anos em três décadas distintas) formando a trinca de grandes personalidades alviverdes.
Durceu Krüger, o segundo mais citado (12%), prometeu não votar em ninguém para não cometer injustiças. Presente no encontro, ganhou o respeito do ídolo que é para a história do Coritiba: atleta por nove anos, heptacampeão estadual, técnico e diretor "sempre ajudando o clube com o brilho da sua competência", agradeceu Cirino.
O Flecha Loira, com 64 anos, 43 dedicados ao Coritiba, foi seguido por Keirrison (11%). O K9 superou nomes como Zé Roberto, Lela, Jairo... "Não é uma surpresa, pois é comum votarem em quem as pessoas viram jogar", explicou Gonzaga. "Também é uma prova de que ele saiu deixando as portas abertas", avaliou Murilo Hidalgo. (AB e ALM)
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