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Santos (AE) – A torcida santista, que tanto reverenciou Robinho, virou as costas para seu maior ídolo depois de Pelé. O craque pisou no gramado da Vila às 15h58. Foi o primeiro a entrar, arrastando mais de 15 crianças, uma delas presa a seu calção – não largava o craque por nada. Só a inocência dos "pequenos" para dar de ombros a tudo o que envolveu a transação milionária com o Real Madrid.

O craque da camisa 7, entretanto, sentiu-se um estranho na própria casa, tamanha a frieza com que o torcedor da arquibancada o recebeu após 31 dias afastado do Santos por decisão própria, enquanto seus representantes sacramentavam sua venda, concretizada na madrugada de sábado por US$ 30 milhões.

Robinho não acenou para a torcida. Também não teve seu nome gritado como cansou de ouvir.

Sua volta foi marcada pela total indiferença dos santistas. Virou, de fato, jogador do Real Madrid. E será assim durante as outras seis partidas que o atleta fará até o dia 24, contra o Paysandu, em Belém. Esse foi o combinado entre o presidente do Santos, Marcelo Teixeira, e dirigentes do clube espanhol. Robinho só foi liberado com a condição de voltar a defender o Peixe.

Para o elenco, Robinho continua sendo aquele menino brincalhão e capaz de decidir o resultado de um jogo num lance genial, no começo, no meio ou no fim da partida. Esteve nas quatro comemorações.

Diz-se na Baixada que o presidente santista seria um dos incentivadores dessa indiferença em relação a Robinho. O novo galáctico do Real fora avisado que seria assim, uma ingratidão possível apenas no futebol.

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