Existia um receio no grupo do Atlético nesta segunda (27) diante de uma possível recepção violenta no Aeroporto Afonso Pena após a derrota de domingo para o América-MG (2 a 1). A Polícia Militar foi acionada e um plano B, para sair direto da pista, foi pensando. Porém, nenhum atleticano apareceu para protestar.
Como não podia ser diferente, a volta não foi das melhores. O abatimento por causa do resultado negativo somado ao cansaço da viagem fizeram com que o silêncio reinasse no trajeto entre Uberlândia-MG e São Paulo, onde o Furacão fez escala antes de seguir para Curitiba.
Antes de embarcar, ainda em Minas Gerais, muitos atletas optaram pela música e os fones de ouvido para tentar despistar a chateação. Era muito difícil ver alguma conversa entre eles. Ainda mais raro era ver um sorriso. O voo saiu às 8h30 desta segunda-feira (28).
A delegação chegou no aeroporto de Guarulhos, em São Paulo, às 10 horas e aguardou o almoço antes de voltar para a capital paranaense. Alguns atletas assumiram que demoraram para dormir na última noite, devido a carga de adrenalina que ficou após a derrota. O volante Marcelo Oliveira, por exemplo, só conseguiu pegar no sono às 4 horas da madrugada, tendo de acordar duas horas e meia depois para tomar café e ir para o aeroporto de Uberlândia.
Apesar de não estarem felizes, a segunda parte da viagem, entre São Paulo e Curitiba, foi mais tranquila. Os jogadores conversavam mais entre si após ficarem quatro horas esperando o vôo para Curitiba. A chegada ocorreu às 14h30. O presidente Marcos Malucelli consegiu um voo antes, desembarcando na capital paranaense perto do meio dia.
No discurso, os atletas seguem afirmando que ainda é possível escapar da degola no Atletiba da última rodada do Brasileiro. "Não tem nada de estar abalado. Ainda podemos escapar e vamos conseguir", garante o zagueiro Fabrício, provável substituto do suspenso Gustavo na última rodada.
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