A principal torcida organizada do Zenit St. Petersburg, atual vencedor do Campeonato Russo, divulgou um manifesto em que pede para que o clube conte no seu elenco apenas com jogadores que sejam brancos. Além disso, defende que o time não tenha atletas que sejam homossexuais.
"Como clube mais ao norte das grandes cidades europeias, nunca tivemos vínculo com África, nem com América Latina, Austrália ou Oceania", assinala o comunicado divulgado pela torcida organizada Landscrona.
"Agora estão impondo ao Zenit jogadores negros quase por força e isto causa uma reação", reclama. "Somos contra que no grupo do Zenit joguem representantes das minorias sexuais".
A polêmica manifestação dos torcedores recebeu uma resposta negativa da diretoria do Zenit. O clube russo disse que apoia a tolerância e contrata jogadores apenas em razão da sua habilidade, insistindo que "a equipe está voltada para o desenvolvimento e integração na comunidade do futebol mundial, e não possui visões arcaicas".
O Zenit não tinha contratado jogadores até a última janela de transferências, quando se reforçou com o atacante brasileiro Hulk e o meia belga Axel Witsel. O meia francês Yann M'Vila recusou uma proposta para se transferir ao clube em agosto após receber ameaças de morte.
Apesar da manifestação, a Landscrona negou que seja racista. "Não somos racistas e para nós a ausência de jogadores negros no Zenit é apenas uma tradição importante que sublinha a identidade da equipe e nada mais".
A Rússia tem lutado para combater o racismo e a violência em seus estádios, já que se prepara para sediar a Copa do Mundo em 2018. Jogadores negros são frequentemente alvos de cânticos racistas e alguns, como o brasileiro Roberto Carlos, tiveram bananas atiradas em sua direção por torcedores.
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