Clima tenso na Vila: Aderal discute com torcedor ao deixar o campo no jogo com o Brasiliense| Foto: Pedro Serápio/ Gazeta do Povo
Confira a ficha técnica do jogo

Antes de a bola rolar no Estádio Durival Brito, no sábado à noite, o técnico Zetti afirmava que via o Paraná muito motivado para confrontar com o Brasiliense, vice-líder da Série B. "Pedi muita confiança. Temos jogado bem, mas falhas individuais têm comprometido", disse antes de a bola rolar.

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Mal sabia que mais uma falha individual e a insegurança de sua equipe resultariam na derrota por 2 a 0. O resultado foi uma saída de campo tensa, com torcedores cobrando os jogadores e estes respondendo à beira do alambrado. "Chinelinho, não. Estou aqui dentro dando a vida", disse o meia Dinelson, que entrou no segundo tempo. Aderaldo também foi cobrar satisfações.

O revés acendeu a luz de alerta na Vila Capanema. Com a derrota, o Tricolor cai para a 17ª colocação, na zona de rebaixamento e vê-se novamente no drama de 2008, quando ainda na 8ª rodada o time começava a brigar para não cair para a 3ª, em vez de lutar pelas vagas no G4. "A água está quase no nariz, está difícil de respirar", disse o técnico, sobre a situação do time na tabela, mas refutando que o clube está crise.

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Apesar de começar a partida com mais volume de jogo, o Paraná pouco arriscou entrar na grande área, exagerando nos chutes a longa distância. A falha individual ficou por conta de Freire. Ele cometeu uma falta desnecessária que selou a ruína paranista. Iranildo cobrou a falta e o lateral Claudio Luís subiu mais que a zaga paranista. Gol do Brasiliense aos 39 minutos do primeiro tempo.

Depois do gol, a torcida impacientou-se. Entre os gritos de ordem, "Timinho", "Fora, L.A. (empresa investidora do time)" e "Fora, Zetti". Em campo, o time se perdeu. Aos 15 minutos da etapa complementar, Marcelo Toscano foi expulso. Aos 38, sofreu o segundo gol. Um golaço do ex-paranista Edinho, que chapeleou Aderaldo e chutou de primeira para o fundo da rede.

"É difícil achar justificativa. O time não jogou. Tínhamos de jogar na nossa característica, com a bola no chão. Não era para jogar pelo meio. Queria mais bolas nas laterais para a bola chegar com mais velocidade. E novamente as falhas individuais vêm nos prejudicando", disse o treinador.