Recife - A Espanha domina o futebol mundial há cinco anos com um jogo de posse de bola e incessante troca de passes. Estes foram os dois alicerces da vitória sobre o Uruguai, neste domingo (16), pela Copa das Confederações. Ainda assim, o ritmo implementado pela Fúria irritou a torcida na Arena Pernambuco. Com cinco minutos, a torcida começou a vaiar o toque de bola dos campeões mundiais.

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"Isso tem a ver com nosso estilo de jogo. A gente tenta controlar bem a bola, mas não pode só bater bola no meio-campo. Tem de ganhar penetração e profundidade", comentou o técnico Vicente Del Bosque.

Apesar da ressalva, o treinador aprovou o rendimento da sua equipe. Com a entrada de Cesc Fàbregas como um segundo centroavante, ao lado de Roberto Soldado, um 9 legítimo, viu seu time ganhar profundidade. Esperava, apenas, um aproveitamento melhor das finalizações.

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"Dominamos a maior parte do tempo, exceto alguns momentos como o que tomamos o gol. Acabamos pressionados pelo placar, mas poderíamos ter vencido uma diferença maior", afirmou. "Isso é futebol. A gente fez quase tudo certo. Defendeu, recuperou a posse de bola rapidamente, deixamos poucas opções para eles crescerem no jogo, fizemos um bom futebol. Mas terminamos o jogo preocupados", prosseguiu.

Andrés Iniesta concordou com a avaliação do treinador. Avaliou que a Espanha soube lidar bem com a previsível postura uruguaia de fechar espaços e buscar o contra-ataque. Algo que deve se repetir nos próximos jogos - a Fúria enfrenta o Taiti, quinta-feira (20), no Maracanã, e a Nigéria, domingo (23), em Fortaleza.

"Com o 2 a 1 fica a impressão de que o jogo foi mais apertado. A Espanha merecia mais um gol", afirmou.

Iniesta foi eleito pelo público o craque da partida. Presente em campo do início ao fim, o camisa 6 espanhol deu 77 passes e acertou 90% deles.

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