O Engenhão virou um grande palco para a torcida do Fluminense neste domingo, contra o Guarani, na "decisão" do Campeonato Brasileiro. Com o estádio lotado, os tricolores fizeram uma festa digna da importância da partida. O cartão de visitas foi um imenso mosaico que cobriu as áreas, Norte, Sul e Leste. Nele estava escrito "Juntos pelo Tri" e os anos 70 (Taça de Prata) e 84. Faltava o "2010". Não falta mais. Com a vitória por 1 a 0, o Flu colocou mais uma estrela em sua camisa.

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No primeiro tempo, o nervosismo demonstrado pelos atletas em campo parece ter subido para as arquibancadas. Os torcedores alternaram momentos de cantoria para incentivar o time mas também alguns silêncios, ocasionados pela dificuldade que a partida apresentou. O ápice da tensão foi quando, após erros repetidos de passe de Diguinho, alguns tricolores ensaiaram vaias ao volante. Houve também tempo para comemorar o gol do Goiás sobre o Corinthians, rival na luta pelo título.

O intervalo do jogo serviu para repor as energias dos atletas do campo e das arquibancadas. A esperança se renovou quando Muricy Ramalho apontou para o banco e chamou Washington para entrar no lugar de Julio Cesar, que havia se machucado. O atacante entrou em campo ao som da tradicional música "Coração Valente, guerreiro tricolor, Washington é matador". Mas explosão de verdade só veio com o gol de Emerson, aos 17 minutos, que aliviou toda a angústia e fez os torcedores extravasarem toda a tensão.

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Com a vantagem no placar, era só esperar o tempo passar para gritar "campeão". Mas para os torcedores os minutos pareciam mais longos do que nunca. Demorou, mas o apito final do árbitro foi o sinal para o início da festa, para soltar o grito de campeão com mais força do que nunca. Um grito armazenado por 26 anos.

Na verdade, o show de demonstração de amor ao Fluminense começou na quarta-feira, quando foi iniciada a venda de ingressos para o jogo. Muitos tricolores passaram a noite na fila para garantir os bilhetes, que se esgotaram em um dia.