O presidente do Atlético, Mario Celso Petraglia, afirmou ontem, em entrevista à Rádio CAP, emissora oficial do clube, que a vinda do atacante Adriano para Curitiba piorou o clima dentro do Rubro-Negro que já não era dos melhores.
"Cometemos também um erro, uma presunção", declarou. Segundo o dirigente, a pretensão do Furacão era de conseguir recuperar o atacante-problema. Mas a chegada do jogador, fã da noite e das baladas, piorou as coisas.
Para corrigir a rota do time, o dirigente acatou ao alerta do diretor de futebol, Antônio Lopes, que teria sentido o mesmo ambiente negativo do final de 2011, quando o time foi rebaixado para a Série B. As medidas corretivas vieram após a eliminação na Libertadores, semana passada, com a derrota por 2 a 1 para o The Strongest, na Bolívia. "Se fizéssemos antes, nos diriam que foi por causa disso que saímos. Lamentavelmente, fomos muito mal em razão deste ambiente", afirmou Petraglia.
Entre as medidas, estão o encerramento do vínculo com Adriano na última sexta-feira; e o afastamento de Manoel do elenco principal. O zagueiro deve seguir atuando com o time "expressinho", grupo que treina em separado no CT do Caju, sem disputar jogos oficiais. "Fomos um pouco pretensiosos em trazer o Adriano pela nossa estrutura, dando a oportunidade de ajudar esse moço a encontrar o caminho, mas foi pior. Criou-se um clima de indisciplina de forma generalizada. Aquilo lá virou a casa da mãe Joana. Com a vinda desse moço, o ambiente, que já não era muito satisfatório, piorou. Criou-se um ciclo negativo mais forte e [os jogadores] entraram numa de não respeitar o técnico, querer trocar o técnico, achar que se está acima do bem e do mal", destacou o dirigente.
Sobre o afastamento do zagueiro, Petraglia diz que nota falta de motivação do atleta em seguir no Rubro-Negro. "O que nos levou a isso [o afastamento] foi a demonstração tácita de que ele não quer mais jogar pelo Atlético. Quer ser vendido, transferido. Lamentavelmente, não tivemos oferta", justificou.
O procurador do jogador, Neco Cirne que foi chamado de "troglodita", "imbecil" e acusado de não "saber ler e escrever" por Petraglia durante a entrevista de ontem afirmou que Manoel vai cumprir as determinações do clube. Entre elas, seguir sem dar entrevistas à imprensa. "Nem penso também em processar o Atlético ou seu presidente. Vamos cumprir o que foi determinado. O Manoel é jovem e faltam 17 meses para o fim do contrato", disse, sobre o vínculo cujos direitos econômicos pertencem 80% ao Furacão e 20% a quem revelou o jogador.
Bolsonaro e mais 36 indiciados por suposto golpe de Estado: quais são os próximos passos do caso
Bolsonaro e aliados criticam indiciamento pela PF; esquerda pede punição por “ataques à democracia”
A gestão pública, um pouco menos engessada
Projeto petista para criminalizar “fake news” é similar à Lei de Imprensa da ditadura