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 | Antonio More/ Gazeta do Povo
| Foto: Antonio More/ Gazeta do Povo

      Durante boa parte dos 45 minutos de entrevista, Ricardo Drubscky gira um aparador de ouro, posicionado no anelar da mão direita, em que está gravado "Jesus". Influência direta da esposa, que levou o treinador a retomar sua fé religiosa e, de certa forma, moldou sua crença profissional.

      Foi por acreditar que sua capacidade de conseguir emprego com facilidade era limitada que Drubscky aceitou calado o "rebaixamento" ao time sub-23. Ao invés de chutar o balde, aguentou calado o baque do remanejamento à espera de outra chance.

      Não esperava que ela viesse tão cedo, mas a agarrou com força. Em nove jogos como técnico do Atlético, obteve sete vitórias e dois empates. Levou o time do 12.º ao 4.º lugar. Formou uma base onde havia apenas um imenso grupo de jogadores. Sentiu falta da palavra interino? Para Drubscky, sua interinidade inexiste. "Não me senti interino quando assumi. Sou efetivo até me mandarem embora", diz.

      A campanha reduz o preconceito com o trabalho dele. A quem o definia como excessivamente teórico, as vitórias são a melhor resposta. Defende o seu lado professor com o mesmo orgulho que aponta a melhora prática do time. Ainda assim, se vê como mais um treinador brasileiro com formação insuficiente – para ele, uma das causas da perda da hegemonia do "país do futebol".

      Reforça o seu lado autodidata com leitura de todos os gêneros – futebol, neurolinguística, sociologia, religião; só não gosta de ficção – sem se obrigar a ler livros até o fim. Dessa maneira, forma suas convicções. Tanto de trabalho quanto de carreira. Hoje, não tem dúvida de que levará o Atlético de volta à Série A. Nem de que será ele o comandante rubro-negro quando a Arena da Baixada estiver reaberta para jogos do Furacão contra os principais clubes do país.

      Você é um estudioso do futebol, autor de livro sobre tática, e apesar de todo o tempo de trabalhando nesse meio, você acredita que ainda há um estigma sobre o seu trabalho de que há muita teoria e pouca prática?

      Gente para falar, vai ter sempre. Quando você começa a ficar exposto, acaba virando alvo. Mas quem vê as minhas equipes jogando, vê que de teoria não tem nada. A equipe joga. E não é só o Atlético. É o América-MG de 96, campeão da Copa São Paulo, o América-MG profissional de 96, que fez a melhor campanha da fase de grupos da Série B, o Caxias no Gauchão, que ganhou do Internacional e do Grêmio e por um ponto não se classificou. Teve o Atlético-MG júnior em 94, campeão da Copa São Paulo, e o Tupi-MG, campeão da Série D do Brasileirão. Os meus times jogam. Podem pegar qualquer vídeo desses times e vão ver que a teoria é um alimento para melhorar a minha prática. Mas por não ter chutado bola como profissional, apesar de ter chutado muito na várzea, como amador, vai ter sempre aquela pessoa que vai pegar um momento ruim da minha equipe e querer tirar uma casquinha. O futebol brasileiro é feito eminentemente de treinadores práticos.

      Falta estudo para os treinadores?

      Sem dúvida. Falta termos uma escola de treinador. Sou um autodidata e isso requer um empenho além da conta. Não é fácil pesquisar por conta própria, tem que ter aptidão para isso. Não temos uma escola que forma. Estamos com um projeto na CBF há três anos e meio, mas esse projeto ainda não virou realidade. Não temos obrigatoriedade de formação para ser treinador. Os clubes não exigem, a legislação trabalhista não exige, as leis que regem o esporte não obrigam. Então temos um ambiente prático. E por isso está assim. E eu me incluo nessa relação de profissionais mal formados.

      Muitos treinadores usam o tempo em que jogaram futebol em alto nível, achar que conhece tudo de futebol e vestiário, consegue fazer um time e fazer jogar...

      Não existe caminho para ser treinador. Já tivemos jornalista treinando times de Primeira Divisão, artistas de novela treinando [o ator Nuno Leal Maia treinou o Londrina em 1995], em , além de advogados, médicos, dentistas, esses já temos aos montes. E temos também os não formados, que não têm formação superior. O mercado da bola é eclético e aceita qualquer produto. A função de treinador requer competência e precisamos de escolas que desenvolvam essas competências aos interessados. Precisamos de uma escola de treinadores aqui e com regulamentação. Aí não vai ter teórico ou prático, vai ter treinador de futebol.

      Treinadores formados em áreas diferentes enriqueceriam o futebol?

      Conhecimento não ocupa lugar. Precisamos ter uma escola que capacite, de forma que gradue treinadores no Brasil. Precisamos chancelar isso de maneira forte, com Ministério de Trabalho, da Educação, dos Esportes, todos juntos chancelando e mostrando o caminho para quem quiser ser treinador, com níveis diferentes. Por exemplo, quem é formado no nível D, não pode dirigir time da Série A. O nível A pode dirigir qualquer time. Isso e outras regulamentações. Um treinador que trabalhou na Série B do Brasileiro e caiu, não pode dirigir outro time na Série B. Aí os clubes começam a se disciplinar também.

      O Brasil está muito atrasado nesse processo em relação à Europa?

      O futebol europeu não tem a quantidade de talentos que nós temos, mas o futebol europeu tem qualidade de jogo e trabalho à frente do nosso, sem dúvida. Temos bons profissionais e boas intenções no Brasil. A área de preparação física é altamente desenvolvida no Brasil. Mas a qualidade de jogo de equipes alemãs, inglesas e espanholas – seleções e clubes – está mais avançada. E nós estamos um pouco acomodados com o que temos.

      Essa ideia, para funcionar, depende de uma unidade entre os treinadores. É fácil unir essa classe extensa e disforme?

      Não é fácil. Na [classe] de treinador de futebol, até existem alguns lampejos de alguns segmentos no Brasil, de querer montar sindicatos. O que tem de acontecer são órgãos reguladores interferirem na profissão. Aí é preciso ter instituições esportivas, a CBF, a Sul-Americana [Conmebol] e se estender para todos. Aqui, a CBF entraria nisso para mediar tudo. É preciso uma força-tarefa para que as coisas aconteçam. Vamos ter uma classe que sabe que se tornar membro da classe precisa seguir um determinado caminho. Não podemos deixar por conta apenas dos treinadores.

      Você veio contratado como técnico, ficou dois jogos, foi "rebaixado" para a equipe sub-23. Saiu o Jorginho e você voltou como interino. Você sentiu uma espécie de desprestígio quando saiu?

      A maneira como fui remanejado para o sub-23 foi muito honesta, apesar de ter sido de uma maneira dura. O presidente [Mario Celso Petraglia], quando me contratou, disse que eu viria para não sair do Atlético. Nunca vim esperando que ficaria para dois jogos. Vim pensando que seria o melhor do Brasil, que é o sonho de todo treinador. Infelizmente, fui remanejado. Senti aquele baque, lógico, fiquei chateado. Mas a maneira como o presidente e o Dagoberto [dos Santos, diretor geral], falaram comigo me fizeram pensar que não valeria a pena não permanecer. Afinal de contas isso estava combinado. Resolvi ficar. Confesso com toda sinceridade que nunca imaginei voltar tão rápido.

      Perdeu o sono por isso?

      Não, de jeito nenhum. Fiquei chateado. Já fiz coisas na minha vida profissional que me arrependi, mas pensei "quem conhece Ricardo Drubscky no Brasil?". Pouca gente. Muita gente me conhece, mas de uma maneira mais abrangente, nos bastidores, a comunidade do esporte que conhece meu livro, mas como treinador o meu nome não está na vitrine. Então vesti a carapuça e pensei que não estou com essa bola toda. E aí veio a sorte de retomar isso aí. Não me arrependo em nada de ter permanecido e não assumi no segundo momento como interino. Para mim não sou interino.

      Você se considera efetivo...

      Até o dia que quiserem me mandar embora. Assumi de maneira forte, com perfil de comando que preza pelas coisas corretas. Sei tratar com atleta, conheço atleta no vestiário e fora do vestiário. Sei um pouco como funciona a cabeça do atleta, sei cutucar o atleta. Quis Deus que os resultados viessem e também a qualidade do trabalho. Estou durando aí e acredito que vou durar até o final do ano com o time na Primeira Divisão.

      No momento que saiu para a entrada do Jorginho havia dois caminhos. Poderia chutar o balde ou fazer o que fez e aceitar que não era o momento e esperar outra oportunidade. A maneira como reagiu ajudou frente aos jogadores?

      Confesso que teve essa mobilização de sentimentos no clube. A maneira carinhosa com que os jogadores me tratam – não que não temos rusgas nos treinos, mas tudo dentro do respeito. A comissão técnica que tenho à minha volta, mesmo que infelizmente tenha perdido a minha comissão, mas veio o Omar [Feitosa, preparador físico] e o Alberto [auxiliar técnico], a turma da rouparia, essa turma me recebeu de braços abertos. Então isso tudo conspirou para me sentir à vontade. Não me sinto um estranho aqui. Desde a época que fui coordenador aqui [entre 2008 e 2010], cumprimento todo mundo, dou bom dia, boa tarde, isso vai conspirando a favor. E isso somou para o grupo se mobilizar à minha volta. E o trabalho dentro de campo está muito bom, porque só com peninha do treinador, não se chega a lugar nenhum. Estamos fazendo um trabalho de Série A. O meu trabalho dentro de campo é de muita qualidade e tenho consciência disso.

      Você divide os méritos desse trabalho com o Jorginho pela formação do atual elenco e também do que vinha sendo feito?

      Eu divido a responsabilidade do jogo, do trabalho, do que ele fez também. Ninguém começa do zero. Temos uma sequência. Assim como ele pegou um cheirinho do meu trabalho, eu peguei um cheirinho do trabalho do [Juan Ramón] Carrasco e depois peguei um cheiro do trabalho do Jorginho. Sobre as contratações, não sei dizer. A diretoria trabalhou forte para contratar, e não sei dizer sobre a participação dele. Mas o elenco que tenho hoje é diferente daquele que tinha antes.

      Ficou alguma mágoa com o Jorginho pela situação de quando ele estava negociando com o Atlético e ele nem sabia que você ainda era o treinador?

      Essa salada de fruta já está mais do que digerida. Nem conhecia bem o Jorginho, só de beira de campo, mas ele que veio pedir desculpas. Eu nem sabia disso. E não tem nada, não. O ser humano só atinge a felicidade um pouco mais genuína quando começa a se despir desses sentimentos que nos corroem. Mágoa, inveja, raiva, ódio, isso não ajuda em nada. Sou amigo do Jorginho e é vida que segue.

      Você usa um anel em que está gravado "Jesus". Como é sua religiosidade, como influencia no seu trabalho?

      Minha mulher é uma católica fervorosa, invejo a fé que ela tem. Ela tem me feito andar um pouco mais pelos caminhos dessa crença. Sou curioso e leio textos religiosos há muitos anos. Não engulo nada, sempre quero saber os quês e porquês. Nos últimos anos, reafirmei a minha crença cristã. Acredito em Jesus como um grande pensador do bem, um camarada virtuoso realmente. Por mais que se tente provar o contrário, ele fez história. Acredito nos ensinamentos bíblicos, mas não engulo muitos dogmas, confesso que tenho algumas interrogações. O texto religioso é muito sublime e espiritualmente você precisa desse alimento. O ser humano é medo, instinto, impulso, sentimento também. A gente tem que buscar essas duas instâncias da carne e do espírito para ter um indivíduo mais iluminado. Tenho lido muita coisa do Jesus histórico e religioso e tirado coisas fantásticas.

      Você tem algum ritual pré-jogo?

      Todo dia antes de ir para o campo faço minha oração, converso comigo mesmo. Dentro de mim tem uma parte sagrada – todo ser humano tem –, procuro cutucar essa porção santificada, essa luz que todo mundo tem para eu me energizar. Nunca pedi para ganhar um jogo ou acontecer algo com o time adversário. Sempre pedi muita luz, muito discernimento, iluminar as cabeças e os pés dos meus jogadores, força para o meu trabalho em todos os sentidos. Faço essa introspecção, rezo meu Pai Nosso, minha Ave-Maria.

      E como essa religiosidade influencia no trabalho com os jogadores?

      Quem não se comunica, se trumbica. A minha forma de comunicar é temperada do contexto. Sempre faço feedback com texto filosófico, texto científico, texto religioso, mas bem en passant, porque não estou aqui para pregar religião para ninguém. Nosso ambiente é um ambiente de energia religiosa, você não pode ficar falando só tecnicamente. Tem de dar umas cutucadas. Abrir a Bíblia é bonito, ler a Bíblia é bonito, mas e praticar? Faço a relação com o meu jogo. Sabemos que temos de fazer as jogadas pelas beiradas, passar a bola rápido. Agora, e o praticar? Se ao invés de passar eu vou driblar? Vou fazendo essas correlações.

      Como funciona a sua preleção?

      Tenho um conteúdo técnico, de 70%, e um motivacional. Não dura mais do que 30 minutos. Comunicação não é algo que se faz agora. Mesmo que a gente fale por duas horas, vocês não vão me conhecer. Quem me conhece é quem está aqui no dia a dia, me vê rindo, chorando. A comunicação é feita durante toda a semana de trabalho e semana após semana. A preleção é um fechamento desse microciclo. Puxo tudo o que nós treinamos e faço um fechamento motivacional. Pego coisas de internet, gosto muito de usar slide, uma das coisas do professor que eu trago. É muito motivante porque o cara vê cor, símbolo, não é aquela coisa massacrante. Faço feedback, pergunta e resposta, método milenar de passar conhecimento. Puxo o que na semana vem de inspiração. Às vezes é um diretor, um jogador, um cara no elevador.

      Contra o CRB, por exemplo, qual foi o mote motivacional?

      Insatisfação. Li um texto em um livro A Arte da Prudência, um livro de 400 anos de um espanhol [Baltasar Gracian]. É pequeno, mas recomendo, são lições curtas da vida que nunca vão ficar velhas. Os medos, os traumas, as picuinhas de relacionamento vão existir sempre. Estava consultando um texto para o próximo jogo, encontrei "Insatisfação". É essa. Em cima disso fiz aquela coisa toda, joguei confete, serpentina, vai muito de inspiração. Eu tenho esse perfil de ferver e estufar veia na hora que estou passando uma mensagem. Vínhamos de algumas vitórias, campanha boa, mas ainda não era suficiente.

      E a percepção de que com alguns jogadores o discurso tem o efeito contrário?

      Tem que ter, mas ninguém tem. Pode vir um psicólogo PHD que não tem. Não conseguimos fazer a leitura rápida de um grupo. Tem gente que fica camuflada muito tempo, você não sabe se está de costas ou está de frente. É uma ilusão a gente querer achar que conhece todo mundo. O que eu posso falar para o grupo, eu falo, mas tem coisas que eu tenho que falar individualmente. Às vezes você dá o bote certo e analisa bem, então o camarada se abre. Tem 30 dias que estou com um grupo de 35 jogadores. Eu sei que pela PNL (programação neurolinguística) tem o sinestésico, o visual, o auditivo. Mas fazer o diagnóstico, aqui que eu sei? Tem que ter tempo. O Ferguson [técnico do Manchester United] sabe até a cor do esmalte que o jogador dele usa.

      Qual a importância do Paulo Baier para o elenco atual?

      É essa faísca que energiza o vestiário e os momentos importantes no jogo. O vestiário abraçou ele e ele se deu para o vestiário. Ele está sendo importante como está acontecendo.

      E o Marcelo, que entrou numa espiral em que tudo dá certo?

      Conheço o Marcelo há quatro anos, das categorias de base. Sei que não está pronto em termos emocionais e mentais, como a maioria do jogador brasileiro. O perfil do jogador brasileiro é emotivo, não é mentalmente preparado. Uma coisa é exacerbar suas emoções de maneira impulsiva e aleatória, outra coisa é mentalmente trabalhar situações de estresse no esporte – jogar com sofrimento, saber jogar perdendo, marcar sem agredir fisicamente o adversário. O Marcelo é mais um nesse processo e é jovem. Futebol é canibal, não perdoa. Os caras não querem saber se o Marcelo está pronto. Todos nós cobramos do Marcelo, ele é um símbolo. Cobramos tudo naquele jogo. Amanhã é o Taiberson, depois o Edigar Júnio, o Pablo, o Zezinho. Marcelo é um produto inacabado nessa formação para o esporte de alto rendimento, então está passando por altos e baixos. Estamos alimentando um momento bom do Marcelo. O jogo do Atlético hoje está longe de ser consolidado, mas já dá segurança aos jogadores. O Marcelo está se sentindo mais confiante, respaldado. Acredito na visão sistêmica das coisas, pega o Marcelo dentro de um contexto. Está sendo útil e tomara que faça gol todo jogo, não saia nunca. Mas a gente sabe que é uma coisa temporária. Não vamos massacrar o Marcelo.

      Você trabalhou com o Marquinhos Santos, atual técnico do Coritiba, no Atlético. O que projeta para a carreira dele como treinador?

      O Marquinhos era treinador do juvenil e eu o promovi para o júnior. Foi para o Coxa por vontade própria, tinha os problemas dele e preferiu sair, mesmo nossa proposta sendo superior. Bom menino, bom profissional, trabalha bem, tem futuro. O que a gente espera é que ele consiga equacionar essa juventude dele com a pressão que vai enfrentar, que o clube saiba dar esse respaldo. Competência ele tem para trabalhar, não tenho dúvida. E quando o Coxa jogar com o Atlético, espero que ele perca todas. É um bom profissional. Se não tiver nenhum trauma, terá um grande futuro. Ele é muito esperto. Vai pecar um pouquinho por hesitação num detalhe ou outro, mas faz parte.

      Você citou o Pablo e o Edigar, dois jogadores que hoje estão no sub-23. Que avaliação você faz dessa equipe?

      O sub-23 funciona muito na cabeça do treinador e tivemos quatro mudanças de treinador, então esse processo não está afinado. Já puxei o Edigar Júnio, até para retomar um processo. Mas eu estou muito satisfeito com outros atacantes, então o Edigar Júnio entrou de novo na fila. Do Pablo eu não abro mão, mas estou com elenco grande e não está dando brecha. Então não vou trazer só para dizer "Pablo, estou com dozinha de você", até porque no sub-23 ele está treinando forte. A ideia é maravilhosa, você ter um elenco de transição que deixa os jogadores aptos a vestir a camisa. Então eu considero muito importante ter o sub-23 à minha mão.

      Era necessário abolir o sub-20?

      Essa é uma questão que eu não quero entrar, é filosofia do clube. O clube está empregando isso não sei por quanto tempo. Profissional já é uma missão árdua, então não vou entrar nesse questionamento até porque não discuti isso com as pessoas do clube. Estou atento aqui com o meu e não vou ficar me expondo e achando que vou mudar a filosofia de trabalho. Não sou a pessoa capacitada para falar disso.

      A motivação de subir para o time principal está funcionando entre os jogadores?

      Está num processo de implantação e gera um pouco de desconforto. A ideia não pode ser abolida, agora o momento de ideal será encontrado, sem dúvida nenhuma.

      O último jogo do Atlético na Série B será contra o Paraná. Já visualiza algo de qual será a sua situação e a do clube nessa partida?

      O meu horizonte de preocupação é até o jogo do Goiás [o próximo do Atlético, no próximo sábado], não me preocupo com nenhum clube depois desse. Já tenho preocupação demais com o Goiás, pensar em jogo de daqui a dois meses é infrutífero.

      Mas tem convicção de que será você o técnico do Atlético nesse clássico?Vou dirigir o Atlético por dois anos diretos, vamos ganhar títulos e conquistar coisas bonitas. Tenho plena convicção disso. Não estou aqui para dirigir o Atlético por dois jogos. Estou em um mercado maluco, volátil, mas estou aqui, minha ideia é tirar férias, voltar para a pré-temporada e fazer um ano vitorioso.

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