Schumacher usa tom professoral contra críticas
Não há entrevista mais concorrida hoje na Fórmula 1 que a de Michael Schumacher. A volta do piloto de melhores estatísticas de todos os tempos à competição, agora pela Mercedes, parece reunir mais interesse que a luta pela liderança do campeonato, por exemplo, entre Fernando Alonso e Felipe Massa, da Ferrari.
Ontem, no circuito de Sepang, na Malásia, Schumacher de novo transformou o encontro com a imprensa numa espécie de explicação oficial sobre a nova derrota para o companheiro de Mercedes, Nico Rosberg, na prova de domingo, na Austrália. O problema para Schumacher é que já é a segunda vez que isso acontece, o que ele e quase ninguém esperava.
A sessão que vai definir o grid do GP da Malásia, às 5 horas de amanhã (de Brasília), pode representar também a luta pela liderança do Mundial de Fórmula 1. "O treino de classificação, agora, por causa da dificuldade maior de se ultrapassar com o fim do reabastecimento de combustível, tornou-se ainda mais importante", diz Fernando Alonso, primeiro colocado no campeonato, com 37 pontos, seguido pelo companheiro de Ferrari, Felipe Massa, 33. A seguir vem a dupla da McLaren, Jenson Button, 31, e Lewis Hamilton, 23. "É onde precisamos evoluir um pouco mais (classificação). A Red Bull tem um carro mais rápido nas tomadas de tempo", disse Alonso ontem, no chuvoso circuito de Sepang.
A impressionante velocidade dos carros de Sebastian Vettel e Mark Webber, com o primeiro largando na pole em Bahrein e Austrália, tende a se tornar ainda mais evidente nos velozes 5.543 metros da tórrida pista malaia. A temperatura nesta quinta era de 35°C.
Massa nunca teve um início de temporada tão bom na carreira. "Vimos em 2008 e também em 2007, quando lutei pelo título, a importância de qualquer ponto conquistado. E dois pódios nas duas primeiras provas de fato podem ajudar muito lá na frente", comentou o piloto da Ferrari, segundo em Bahrein e terceiro na Austrália.
A exemplo do bom resultado no circuito Albert Park, em Melbourne, onde pontuou pela primeira vez desde a estreia na Fórmula 1, em 2002, Massa também nunca foi muito bem na pista malaia. "Já fiz duas poles aqui (2007 e 2008), mas algumas vezes errei, como em 2008, em outras tive problemas com o carro, e também já me envolvi em acidentes", falou Massa, confiante em reverter esses números ruins no GP da Malásia. "Mas foi aqui também que marquei meus primeiros pontos na Fórmula 1, em 2002 (sexto na sua segunda corrida na competição, com Sauber)."
Alonso e Massa sabem que será difícil tirar dos pilotos da Red Bull as duas primeiras colocações no grid. Mas Alonso disse também: "Nosso carro é mais confiável em condição de corrida".
Diante do forte calor, Massa não deve enfrentar os problemas de falta de aquecimento dos pneus, como em Melbourne, o que pode torna a luta com Alonso, e a liderança do campeonato, ainda mais intensa.
Vettel é o favorito de Bernie Ecclestone e de Michael Schumacher para vencer o campeonato. No Bahrein e na Austrália liderou até ter problemas no carro. Ontem, o alemão, que poderia ser o primeiro na classificação, com 50 pontos, esclareceu as dificuldades técnicas do carro da Red Bull. "Não há nenhum problema específico. Tivemos duas panes raras, mas que podem acontecer", falou.
Rubens Barrichello confirmou a estreia de importantes novidades no carro da Williams, enquanto Bruno Senna, da Hispania, e Lucas Di Grassi, Virgin, demonstram maior otimismo em concluir a prova, seus objetivos a essa altura.
Ao vivo
GP da Malásia: treino livre, às 2 h, no SporTV; treino oficial, às 5 h, na RPC TV.
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