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Com a inauguração das arquibancadas do setor Brasílio Itiberê, ontem, contra o São Paulo, o torcedor atleticano volta a ver a Baixada completa, o que não ocorria desde a destruição do antigo Joaquim Américo | Daniel Castellano/ Gazeta do Povo
Com a inauguração das arquibancadas do setor Brasílio Itiberê, ontem, contra o São Paulo, o torcedor atleticano volta a ver a Baixada completa, o que não ocorria desde a destruição do antigo Joaquim Américo| Foto: Daniel Castellano/ Gazeta do Povo

No campo, uma vitória emocionante. Fora dele, um dia histórico. Dez anos após a abertura da Arena, o Atlético inaugurou on­­­tem à tarde o novo setor de arquibancadas de sua casa, na Rua Bra­­sílio Itiberê.

Apenas mais 3 mil cadeiras no estádio – que agora tem capacidade para 28.327 pessoas – mas que fa­­­zem uma baita diferença. Afi­­nal, desde o fechamento da Bai­­xada antiga, em 1997, o torcedor atleticano não sentia o gostinho de vê-la unificada.

A exceção foi em um clássico contra o Coritiba (vencido por 1 a 0, dia 10 de julho de 2005), quando o clube aproveitou a estrutura de arquibancadas tubulares, levantada às pressas para a Libertadores, e que acabou não utilizada na competição internacional.

"Foi uma sensação muito diferente, ver todo aquele pessoal do outro lado. Imagino quando concluir o estádio, vai ficar ainda mais difícil o adversário ganhar do Atlético aqui na Arena", comentou o atacante Alex Mineiro, do alto de quem já marcou 50 gols no campo rubro-negro.

E a novidade foi bem além. Ontem foi o primeiro teste da utilização do vidro protetor de policarbonato (de 1,67 m de altura), como única barreira entre a galera e o gramado – não há fosso no local. Algo inédito no futebol brasileiro.

"Ficou bem próximo, muito legal, e a torcida se comportou bem, sem problema algum. Foi uma experiência sensacional ver o estádio do outro lado, a torcida. E serviu para fazer mais pressão sobre o adversário", disse Marco Fernandes, 43 anos, que trabalha com venda de soldas.

Junto com o filho Caio, de 12 anos, ele foi um dos atleticanos que compraram assentos na Bra­­sílio – esgotados desde abril. "O único problema é se chover, já que não há cobertura. Mas isso serviu para lembrar a Baixada de antigamente", acrescentou o ru­­bro-negro.

Falta de proteção contra as intempéries que só terminará com a conclusão do estádio. As obras têm prazo até 1.º de março do ano que vem para serem iniciadas. O clube e o comitê curitibano para a Copa do Mundo no Brasil, em 2014, ainda buscam um investidor para terminar a Arena nos pa­­drões exigidos pela Fifa.

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