O Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) eliminou do futebol 6 dos 13 envolvidos no caso bruxo, maior escândalo de corrupção na história do futebol paranaense. Com a decisão de ontem à noite, no Rio de Janeiro, encerrou-se o processo na esfera esportiva. Resta ainda a investigação da Promotoria de Investigação Criminal (PIC).

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Foram banidos pelo STJD: Genézio Camargos (diretor do Foz), Antônio Carvalho (ex-chefe da Comissão de Arbitragem), Amorety da Cruz (presidente do Sindicato dos Árbitros). Tiveram a pena máxima confirmada por falta de defesa os dirigentes Sílvio Gubert (Operário), Gílson Pacheco (Rondon) e o ex-árbitro José Francisco de Oliveira.

A última instância também decidiu absolver Carlos Jack Rodrigues Magno, apitador recém-aposentado que pertencia ao quadro da CBF. Em situação idêntica terminou Valdir de Souza, comandante da arbitragem local quando as suspeitas vieram à tona. Além do árbitro Sandro da Rocha.

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Houve ainda quem pegou uma pena intermediária. Com base no artigo 238 do Código Brasileiro de Justiça Desportiva ("Receber ou solicitar, para si ou para outrem, vantagem indevida..."), os árbitros Marcos Tadeu Madra e Antônio Salazar Moreno levaram uma suspensão de dois anos. Mesma sanção foi aplicada para Fernando Homann, comandante dos árbitros em 2004, e Johelson Pissaia, superintendente da Federação Paranaense de Futebol (FPF).

O relator Eduardo Machado Costa desconsiderou as declarações do juiz Evandro Rogério Roman principal peça de acusação. Logo no início do seu voto, ele disse que eram frases "fantasiosas". O parecer foi preponderante para influenciar os outros quatro auditores com direito a voto.

O resultado também foi fruto da defesa armada pelo advogado Domingos Moro, que evitou a eliminação dos seus clientes. Ele chegou a reverter o quadro no caso do juiz Sandro da Rocha, que foi apenado no TJD-PR e ontem acabou absolvido (único caso de reversão total pró-réu).

"Para mim, todos deveriam ser pegos. No entanto, o processo era muito complexo e isso deve ser levado em conta", lamentou Alexandre Quadros, o procurador do caso.