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O sonho do Paraná de disputar pela primeira vez a Copa Libertadores virou água no encharcado gramado do Pinheirão. Com a derrota por 3 a 1 para o São Caetano, a terceira seguida na competição, o time permanece na sétima posição, com 51 pontos. A distância para o quarto colocado Fluminense – atualmente o último clube que conseguiria vaga no torneio – passou para oito pontos. Na opinião do técnico Luiz Carlos Barbieri, as oito rodadas que ainda restam não seriam suficientes para tirar a diferença.

"Sou sincero. Não gosto de enganar ninguém. O Corinthians está praticamente classificado. Goiás, Internacional e Fluminense estão longe. É muito complicado para você tirar oito pontos em oito jogos. Temos de ter consciência de que a Libertadores está cada vez mais difícil", analisou o treinador.

São Pedro bem que tentou dar uma mãozinha à esperança paranista. Mas não teve jeito. A equipe repetiu os mesmos erros defensivos da partida que não acabou por causa da chuva, na quinta-feira. Na ocasião, o desengonçado Somália abriu o placar com apenas um minuto de bola rolando. Aos 3’, um raio atingiu o transformador do estádio. Sem luz, o jogo foi cancelado pela árbitro Jamir Carlos Garcez (DF).

Menos de 24 horas depois, lá estavam Paraná, São Caetano e a chuva para reiniciar o duelo. A novidade ficou por conta apenas do algoz e do tempo em que ele demorou para botar o Azulão em vantagem. O capetinha Edílson, aos quatro minutos, após cobrança de falta de Zé Luís que resvalou na barreira, aproveitou a desatenção da defesa para chutar forte, sem chances para Flávio.

Atuando pela primeira vez neste campeonato com apenas dois zagueiros, o Paraná ressentiu-se do forte poder de marcação da época do 3–5–2 de Lori Sandri. Com três volantes no meio-de-campo – Rafael Mussamba, Mário César e Beto –, o time praticamente sumiu em campo no primeiro tempo. Presa fácil, a equipe viu ainda Zé Luís e o mesmo Edílson aproveitarem-se de falhas individuais para ampliar o marcador.

Sem perspectivas, restou a Barbieri mexer no time. Sandro substituiu Beto e amenizou a solidão de Éder na criação das jogadas na etapa final. Inspirado, o meia fez bela jogada individual e serviu o artilheiro Borges, que com categoria anotou seu 17.º gol no Nacional (30’). Mas já era tarde. A reação parou por aí. Agora é pensar na Copa Sul-Americana.

Em Curitiba

Paraná 1Flávio; Neto, Daniel Marques, Marcos e Edinho (Vicente); Rafael Mussamba, Beto (Sandro), Mário César e Éder; Borges e Fernando Gaúcho Wellington Paulista).Técnico: Luiz Carlos Barbieri.

São Caetano 3Sílvio Luiz; Gustavo, Thiago e Neto; Alessandro, Zé Luís, Júlio César e Triguinho; Jean (Claudecir), Somália (Fábio Pinto) e Edílson (Márcio Mixirica).Técnico: Jair Picerni.

Árbitro: Jamir Carlos Garcez (DF). Gols: Edílson (SC), aos 4’ e aos 36’, e Zé Luís (SC), aos 23’ do 1.º; Borges (P), aos 30’ do 2.º. Amarelos: Edinho e Mário César (P); Thiago e Triguinho (SC). Público e renda: portões abertos.

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