O zagueiro Leandro só fica se o Paraná pagar bem ao J. Malucelli.| Foto: Daniel Castellano/Gazeta do Povo

Plantel é incógnita para 2009

"Vamos decidir com bastante calma e só divulgar nomes depois de conversar com os atletas", afirmou o presidente Aurival Correia, sobre a definição dos jogadores que não ficam na Vila Capanema para 2009. Ele próprio havia declarado que ontem seria divulgada a lista de dispensas, o que acabou não acontecendo. "Eu e o (Paulo) Comelli continuamos conversando sobre isso", disse.

A previsão é que ainda esta semana a situação dos atletas – especialmente a dos que já têm contrato vencido ou por vencer até o fim do ano – seja definida. O novo plantel inicia a pré-temporada no dia 2 de janeiro. Além de definir quem vai, comissão técnica e diretoria começam a pensar em reforços, embora ninguém divulgue nomes, nem mesmo Comelli.

Entre os atletas que o Tricolor pretende manter está o zagueiro Leandro, que chegou à Vila Capanema emprestado pelo J. Malucelli até 31/12/2008. Segundo o presidente do Jotinha, Joel Malucelli, a proposta para levar o zagueiro de vez terá de ser muito boa. "Queremos fazer uma equipe muito boa para a próxima temporada. Vamos ‘repatriar’ nossos jogadores que estão em outros clubes. Ele (Leandro) será nosso titular absoluto", afirma o dirigente. (AB)

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As dificuldades financeiras em 2009, recorrentes no discurso da diretoria do Paraná, começam a ser vistas na prática já este ano. A começar pela redução da folha de pagamento, que, segundo o vice-presidente de finanças Waldomiro Gayer Neto, não deve ultrapassar R$ 250 mil por mês. Em 2008, foi de R$ 450 mil.

Na prática, isso quer dizer que o elenco da nova temporada – estimado em 25 atletas – deve ter uma média salarial de R$ 10 mil. "Uns jogadores devem nos custar mais, outros, ter um salário menor", disse Gayer Neto.

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Assim, alguns jogadores da atual equipe terão de aceitar receber menos do que hoje se quiserem permanecer no time da Vila Capanema, informou o presidente Aurival Correia.

Procura-se um diretor

Ter de manter-se dentro do orçamento também resultou na dificuldade para remontar o departamento de futebol. A procura por um vice-presidente para a área, cargo sem dono desde agosto, com o afastamento de Vavá Ribeiro, tornou-se mais urgente com a saída do diretor de futebol Paulo Welter, que abriu mão do cargo após o último jogo do Tricolor na Segundona, na sexta-feira (o time perdeu por 3 a 1 para o Santo André).

Como a necessidade de evitar gastos impossibilita a contratação de profissional remunerado, reconhece Correia, a tendência é que a função continue sem titular. A solução é encontrar um novo vice-presidente de futebol, cargo não-remunerado.

Ocimar Bolicenho – o ex-presidente paranista é hoje diretor de futebol do rebaixado Marília – foi cogitado. Mas o que impediu o progresso das negociações foi justamente o fato de o Paraná não poder pagar pelo trabalho. Bolicenho é remunerado no MAC.

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"Vamos procurar entre a nossa diretoria alguém para ocupar essa função. Todos os nomes estão sendo cogitados", disse Correia. A exceção seria o vice-presidente das categorias de base, Marlo Litwinski. "Não poderia aceitar o cargo, prefiro ficar só cuidando da base, que é a melhor forma de investir no profissional", afirmou Litwinski.

Outros nomes, como o de Márcio Villela (vice-presidente), Aquilino Romani (2º vice-presidente) e Gayer Neto, foram sondados para assumir a função.

"Fui consultado e gostaria de assumir. Mas não tenho tempo, seria incompatível com minha atividade profissional", afirmou Gayer. Romani também disse que não assumirá o cargo. "Teremos reuniões esta semana que devem definir um nome", apontou.