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Durante todo o Brasileiro o Paraná conviveu com o descrédito da mídia nacional. Agora, na reta final do campeonato, e disputando a última vaga do país na Libertadores contra o Vasco, não é diferente. Se os tricolores tivessem prestado atenção nas previsões após a rodada que definiu o título do São Paulo, no fim de semana, teriam perdido qualquer esperança de chegar ao continental. Seja televisão fechada ou aberta, rádio, jornal e internet, absolutamente ninguém de fora do estado crê que o time da Vila Capanema possa reverter a vantagem de um ponto favorável aos vascaínos (57 a 56) na briga direta pelo quinto lugar na classificação.

Entretanto, a velha conversa de que a tradição, a camisa e a força nos bastidores vão fazer a diferença já entra por um ouvido dos paranistas e sai pelo outro. Todos no clube estão acostumados a ser a eterna zebra.

"Deixe que eles pensem que não temos chances. Só vão se dar conta quando estivermos no quinto lugar depois do último jogo", prevê o lateral-direito Peter.

"O tempo todo ninguém acreditou na gente. Tomara que apostem tudo no Vasco, e comendo pelas beiradas somos nós que vamos chegar", deseja o meia Sandro.

A perspectiva mais recorrente para os analistas de fora é ver seis clubes brasileiros que já ganharam o maior torneio sul-americano disputando a Libertadores novamente no ano que vem – além do atual campeão Internacional, São Paulo, Grêmio e Flamengo já estão lá, o Santos está próximo e o Bacalhau luta pelo sexto posto com o Paraná.

"Isso só vai mudar em dois ou três anos com conquistas nacionais do Paraná. Fora do estado não somos respeitados", lamenta o técnico Caio Júnior, que pretende expor o tema sobre a discriminação do Tricolor no 2.º Footecom, encontro mundial sobre futebol que ocorre em dezembro, no Rio de Janeiro, e para qual foi convidado.

No meio de tanto descrédito, pelo menos uma revelação vinda de fora das fronteiras paranaenses agradou na Vila. O meia Souza, campeão brasileiro pelo São Paulo, achou o jogo contra o Paraná no primeiro turno o mais difícil da campanha – vitória do time paulista por 3 a 2, de virada, no Morumbi.

"E olha que aquele dia o resultado foi injusto. O primeiro gol do São Paulo estava impedido e dois jogadores nossos (Leonardo e Maicosuel) foram tirados da partida em jogadas que o árbitro nem deu cartão", reclama Caio. "Vindo de um campeão brasileiro, só temos de agradecer esse comentário e usá-lo como incentivo", diz Sandro.

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