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A festa de fim de ano do torcedor do Trieste já foi reservada em Santa Felicidade. No sábado, ao vencer fora de casa o Combate Barreirinha, por 4 a 2, na primeira das duas partidas que decidem a Taça Paraná, o time triestino encurtou (e muito) a caminhada rumo a um dos principais títulos do futebol amador do estado. Agora, para sagrar-se campeão – e levantar pela décima vez o troféu – basta um empate na decisão marcada para o próximo sábado, no Estádio Francisco Muraro.

A tranqüilidade do Trieste só não é maior pela regra da competição, na qual o saldo de gols não conta como critério de desempate. Mesmo tendo dois gols de vantagem, uma vitória simples do Combate Barreirinha levará a decisão do título para a prorrogação e pênaltis, se necessário.

Na primeira partida, no Recanto Tricolor, os dois finalistas proporcionaram um jogo equilibrado, de boa técnica, com poucas faltas e gols bonitos, quesitos dignos de uma decisão. O confronto poderia ser ainda melhor não fosse o intenso calor que castigou os atletas.

Foi justamente a resistência à temperatura alta um dos pontos de desequilíbrio no decisivo duelo. Os jogadores do Trieste, que ficaram um mês apenas treinando até que fosse decidido o seu adversário na final – Serrano, Roncador e Barreirinha disputaram a vaga deixada pelo Campo Mourão, excluído por determinação do Tribunal de Justiça Desportiva do Paraná –, exibiram um melhor condicionamento.

Além disso, inspirados, Hideo e Guilherme, ex-jogadores do Paraná, e o artilheiro Nika, autor de um gol e co-autor de outros dois, fizeram a diferença. Antes da ação deles, o que se via no primeiro tempo era um jogo cadenciado e de muito estudo. Um vacilo poderia (e foi) fatal. Aos 7, em uma falha na marcação, Nika ficou livre na área e emendou para o gol após um escanteio. Aos 20, o Combate empatou, com Reginaldo, depois do rebote do goleiro.

Na etapa final, a cautela desapareceu e a qualidade do Trieste prevaleceu. Embora tenha sofrido o segundo gol, marcado pelo zagueiro Maringá, contra, o Trieste teve forças para empatar e virar. Franco, de cabeça, Guilherme, em uma bela cobrança de falta, e Dinei, encobrindo Rondinelli, marcaram os gols que fizeram com que a torcida triestina ensaiasse os primeiros gritos de "é campeão".

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