Atlético, Coritiba e Paraná estão entre os 20 clubes com maiores dívidas no Brasil. A relação foi divulgada nesta semana pelo site Futebol Finance, com base em dados da consultoria Casual Auditores Independentes, e mostra montantes relativos aos balanços de 2009 dos principais times do país. A Gazeta do Povo checou os dados com as diretorias do trio de ferro, as quais confirmaram os valores.
O Atlético aparece na 17.ª posição da lista, com uma dívida total de R$ 37,02 milhões. O valor equivale ao total de débitos do clube e leva em conta a loteria Timemania, criada para o pagamento de dívidas dos clubes ao governo federal. Já o Coritiba tem uma dívida de R$ 52,9 milhões, o que o coloca na 15.ª posição da relação. A diretoria alviverde, embora ciente do valor, diz que a situação está sob controle. "A dívida total é essa, mas a médio prazo é de R$ 23 milhões. Com todos os encargos fiscais é que ela fica neste montante, mas com a Timemania e outras negociações nós a quitaremos a longo prazo", afirmou Ernesto Pedroso, membro do Conselho Administrativo do Coxa.
O Paraná encontra-se em 18.º, com uma dívida de R$ 27,3 milhões. A reportagem tentou contatar o presidente Aquilino Romani e o vice de finanças, Aurival Correia, mas nenhum dos dois foi localizado. Todavia, um dirigente da cúpula paranista, o qual pediu para não ser identificado, confirmou que o valor total seria este mesmo, mas que o clube já tem negociadas várias destas dívidas e a pendência real do Tricolor diante disso é bem menor.
De maneira geral, os times paranaenses não mostram-se preocupados com os dados levantados pela consultoria, uma vez que todos consideram os valores "administráveis". "Diante do nosso patrimônio, do que significa o Atlético, essa dívida não impressiona. Qualquer empresa possui algum passivo", garantiu o vice-presidente atleticano Ênio Fornéa.
Se comparada aos principais times do Brasil, a dívida dos três times de Curitiba é mesmo pequena. O líder da relação é o Vasco da Gama, com um débito de R$ 377,8 milhões, seguido de Flamengo (R$ 333,3 milhões) e Fluminense (R$ 320, 7 milhões).