Desde sexta-feira, a Fifa passou a exigir a obrigatoriedade do uso do Transfer Matching System (TMS) nas transferências internacionais de jogadores dos países membros. Com isso, toda compra, venda ou empréstimo em que haja a mudança de Federação terá de ser feito por esse sistema, sob o risco de sanções por parte da entidade internacional. O método, que substitui as transferências por meio de fax, foi sugerido em um congresso em 2007 e passou a ser utilizado nas últimas janelas europeias e nos principais clubes brasileiros, incluindo o trio de ferro paranaense, que analisou as vantagens deste novo recurso.
A primeira mudança percebida é a agilidade e a desburocratização de todo o processo. O Paraná Clube se beneficiou disso quando fez a transferência recente do uruguaio Javier Méndez pelo novo sistema. "Antes, tinha de fazer o contrato, entrar na FPF, que mandava para a CBF, que mandava para a Associação Uruguaia de Futebol, tudo via fax. Dependeria de boa vontade dos envolvidos e tudo viria no sentido contrário", comentou o supervisor de futebol do Tricolor, Rafael Zucon. "Agora, contata direto, Federações dão aval e cruzam dados. Se todos os dados baterem, sai o certificado de transferência internacional. A CBF e a Fifa apenas validam. Pelo processo antigo, demoraria de 20 a 30 dias, sendo que agora demorou três", contou.
Caso os dados informados pelo clube de origem do jogador e o de destino não coincidam, a Fifa não certifica a negociação. Esse trâmite virou uma interessante analogia no Coritiba. "Esse sistema traz três pontos: agilidade, segurança e transparência. Agora demora quase o mesmo que transferência nacional e ajuda a evitar a participação de agentes estranhos ao futebol. É uma analogia à Receita Federal: a pessoa declara o valor de venda e o comprador o quanto pagou pelo atleta. Caso não bata, cai na malha fina da Fifa", afirmou o diretor jurídico do Coxa, Gustavo Nadalin.
Rastreamento
Uma regra em vigor faz com que os clubes recebam compensação financeira toda vez que um jogador formado pelo clube se transfira de um país para outro, o chamado Dispositivo de Solidariedade Internacional. O TMS tende a facilitar este rastreamento por parte dos clubes. "Quando cadastra a transferência, temos os valores de outro clube e contrato anexado. Fica fácil monitorar, pois tem o histórico do atleta," contou o coordenador administrativo do Atlético, Márcio Bitar. "Antes, tínhamos de descobrir via Google. Agora podemos saber pelo sistema", completou Nadalin.
Auditorias
Outra vantagem apontada pelos responsáveis pelos registros internacionais de jogadores dos times é a possibilidade de se fazer auditorias entre uma gestão e outra dos clubes. "As diretorias poderão acompanhar tudo no TMS e, quando mudarem de gestão, poderão usar o sistema para fazer auditoria interna de quanto receberam ou gastaram em qualquer transferência", explicou Bitar.
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