Quem chegou
Os 18 contratados do trio de ferro para o início do Estadual.
Atlético Serna (a), Vanegas (z), Tartá (m) e Bruno Mineiro (a).
Coritiba Enrico (m) e Rafinha (m).
Paraná Guaru (le), Juninho (g), Irineu (z), Chicão (v), Yohei (le), Emanoel (v), Diego Correia (z), Jefferson (ld), Márcio Diogo (m), Douglas (m), Alessandro Lopes (z), Pará (le).
À beira do Estadual, Coxa flerta com jogadores
Dos três clubes da capital, o Coritiba é o único ainda em busca de contratações. O volante Andrade e o lateral-direito Fabinho Capixaba estão na mira do Alviverde, mas, possivelmente, terão suas situações definidas somente na próxima semana.
Ano a ano
Veja a evolução das contratações no trio de ferro de 2006 para cá:
200624 contrataçõesRebaixado para a Série B no ano anterior, o Coxa puxou a fila, trazendo 14 caras novas. O zagueiro Márcio Giovanini deixou o clube antes mesmo de estrear, aceitando um convite do futebol israelense. No Atlético, reforços como Willian e Rodrigão não emplacaram. Discreto ao chegar, o zagueiro Gustavo (ex-CRB), se tornou titular absoluto do Paraná que conquistaria a vaga na Libertadores.
200722 contrataçõesNovamente o Coxa exagerou, com 14 reforços. Alguns, como o volante Rodrigo Santos, não chegaram nem a entrar em campo. O Paraná investiu mais, por causa da Libertadores. No fim do ano, mesmo rebaixado no Brasileiro, viu o atacante Josiel terminar como artilheiro e conseguiu vendê-lo bem para o mundo árabe.
200818 contrataçõesAntes da primeira rodada, o número era o mesmo de agora. Mas os clubes permaneceram contratando até o fim de janeiro, mostrando que estavam bem menos acertados. Um dos jogadores com mais nome, o meia atleticano Irênio foi quem mais deixou a desejar. Entre os acertos, destaque para o zagueiro Maurício, titular do Coritiba durante todo o ano.
200925 contrataçõesO número foi puxado pelos 15 jogadores trazidos pelo técnico Paulo Comelli ao Paraná, enquanto o Atlético apresentou apenas três caras novas. No fim da temporada, o mais eficiente foi o meia atleticano Marcinho. A maioria decepcionou, como o atacante Lima, no Furacão, o volante Rodrigo Pontes, no Coritiba, e o meia Lenílson, no Tricolor. Do time de Comelli, aliás, nenhum dos 15 emplacou.
Dificilmente os torcedores de Atlético, Coritiba e Paraná verão muitas novidades nos elencos de seus times depois que a bola começar a rolar no Campeonato Paranaense, invertendo a lógica que caracterizou o futebol local por um longo período. Corinthians-PR e Cianorte abrem a competição amanhã, às 16h40, no Ecoestádio.
Desta vez os cartolas se apressaram para fechar os grupos, facilitando o trabalho dos treinadores. Rubro-negros e tricolores, por exemplo, dão por encerrado o primeiro ciclo de contratações da temporada. A dupla só volta ao mercado em caso de necessidade especial. Ou por uma oferta de ocasião.
Já o Coritiba ainda irá se movimentar. O clube espera entregar ao técnico Ney Franco um lateral-direito e mais um volante Fabinho Capixaba (Palmeiras) e Andrade (Sport) são os favoritos.
O que chama atenção é que o trio precisou de menos nomes para deixar o grupo redondo. Em 2010, "apenas" 18 caras novas apareceram, menor índice dos últimos cinco anos, empatando com a temporada 2008. Porém, ressalte-se, há dois anos o Regional começou no dia 9 de janeiro, estrangulando o período de reformulação.
No ano passado, auge do consumismo no estado, os principais representantes de Curitiba contrataram 25 jogadores, de acordo com levantamento da Gazeta do Povo (veja mais nesta página).
Os times se apegam a duas razões principais para explicar a onda de agilidade: a manutenção da base (com direito a enxerto de novatos) e o dinheiro curto para grandes investimentos.
A provável escalação do Atlético no domingo terá 11 remanescentes de 2009, com destaque para o zagueiro Manoel, revelação do time no Brasileiro. "Contamos com a base, que é forte. Contratamos apenas por necessidade", diz o técnico Antônio Lopes.
Se o Paraná perdeu o trio Zé Carlos, Davi e Rafinha (o último trocou a Vila pelo Alto da Glória), fundamentais na permanência do Tricolor na Série B, por outro lado conseguiu manter Marcelo Toscano, Luís Henrique, Luiz Camargo, João Paulo e Murilo, acabando com a rotina de montar uma equipe a cada campeonato. "Sempre procuramos manter o conjunto, mas, por causa das dificuldades, éramos obrigados a largar do zero. A política da nova diretoria agora é outra", explica César Augusto de Mello, empossado nesta semana como diretor de futebol paranista. "Não queremos encher a prateleira", emenda ele, apesar de o clube ter trazido ao todo 12 atletas para completar o grupo.
Já o Coritiba se sentiu obrigado a se desfazer de parte do elenco. Jogadores caros, como Marcelinho e Carlinhos Paraíba, e promessas, como Pedro Ken, foram liberados para aliviar a folha de pagamento e contornar o orçamento apertado. Não está descartada a negociação de outros atletas "caros", como Édson Bastos e Marcos Aurélio. Mesmo assim, a diretoria trabalhou para manter a espinha dorsal.
"Já tínhamos uma base, com goleiros (Vanderlei e Édson Bastos), zagueiros (Jéci e Pereira), o ataque é o mesmo (Marcos Aurélio e Ariel)... E promovemos dez garotos que são promessas, ainda vamos ver o que eles vão render, mas têm tido ótimos desempenhos nas categorias de base", opina Ernesto Pedroso, integrante da comissão do futebol do G9 (grupo que administra o clube). "Temos de encontrar qualidade com preço dentro das nossas possibilidades. Se tivéssemos carteira, dinheiro sobrando, seria diferente", acrescenta, explicando um pouco a realidade que assombra também os rivais da cidade.