Comitê exalta torneio fora da capital
Los Cardales - O Comitê Organizador da Copa América 2011 concedeu entrevista coletiva ontem, ao final da tarde, no centro de imprensa. E, a pouco mais de uma semana para a bola rolar, ressaltou os dois objetivos principais da realização: corrigir os defeitos de organização de eventos no país e promover uma competição, prioritariamente, fora de Buenos Aires.
Los Cardales - A partir de hoje, o técnico Mano Menezes poderá montar dois times para um treino coletivo e, consequentemente, começar a escalar a seleção brasileira para a estreia na Copa América, dia 3, contra a Venezuela. Da lotada van que leva os jogadores do prédio do hotel para o campo de treinos, descerão três novos personagens na preparação para o torneio: Neymar, Paulo Henrique Ganso e Elano, cheios de moral após conquistarem o título da Libertadores pelo Santos na noite de quarta-feira.
Neymar e Ganso, duas grandes apostas de Mano. Pela primeira vez, também, ele poderá repetir a formação ofensiva de sua estreia no comando da seleção, a vitória por 2 a 0 sobre os EUA (dia 10 de agosto de 2010), com os dois ao lado de Robinho e Alexandre Pato. De longe, a melhor apresentação das oito feitas pelo time sob o seu comando após ela, porém, não pôde mais contar com Ganso, que lesionou gravemente o joelho.
O feito do trio santista foi o assunto de ontem na concentração brasileira em Los Cardales. "Estamos esperando os três. Vamos dar parabéns porque merecem. Não sei ainda se vai rolar alguma sacanagem com eles", brincava o atacante Robinho, durante a tarde.
A chegada dos campeões da América ao hotel em Los Cardales estava prevista para as 23 horas Ganso era esperado para depois de meia-noite, depois de perder o voo por causa de um pneu furado no trajeto Santos-São Paulo.
"Chegarão à seleção com mais moral, o título da Libertadores dá confiança para eles", afirmou Robinho, esperando que o título santista se reflita positivamente na seleção brasileira. Não é só com o companheiro que eles estão em alta. Especialmente Neymar. O Olé, principal jornal esportivo argentino, não deu muito espaço para a final da Libertadores, sem nenhum clube do país, mas rasgou elogios ao jovem atacante, definido pelo diário como "El Reymar de América": "Não será Pelé, mas com sua personalidade de craque, seu futebol e seus dribles, Neymar é a realidade do Santos e do futebol brasileiro. A seus 19 anos, conseguiu o que Robinho não pôde em 2003, levantar a Copa Libertadores sendo o grande protagonista, inclusive na final".
A referência a Robinho, hoje no Milan, é sobre a derrota santista na final de 2003, contra o Boca Juniors, quando esperava-se que ele decidisse a favor do Peixe.
Entre os três, Neymar é quem chega em melhores condições. O meia Ganso voltou a atuar apenas no jogo do título, após se recuperar da lesão muscular na coxa direita que o afastou por 45 dias. O volante Elano, que voltou ao futebol brasileiro no início do ano, após deixar o Galatasaray, da Turquia, deu sinais de esgotamento físico nos últimos jogos.
Ambos terão mais atenção do preparador físico da seleção, Carlinhos Neves, que estabeleceu um acompanhamento individual dos atletas nos primeiros dias da preparação na Argentina.
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