Um time nem muito experiente, nem muito jovem. A receita geralmente pregada para uma equipe de futebol prosperar é sempre a mescla de jogadores rodados com revelações. No Paraná, essa situação não muda. No primeiro jogo das quartas-de-final do Paranaense contra o Iraty, amanhã, no interior, o goleiro Flávio, o volante Beto e o zagueiro Émerson têm a missão de orientar quem não está acostumado com duelos como este no formato mata-mata.
Os três líderes do elenco tricolor estão aconselhando os colegas mais novos desde o início do campeonato. Porém, na semana que antecedeu a primeira partida eliminatória do Paranaense, a conversa foi um pouco diferente. Todos pedem tranqüilidade aos demais do grupo para que ninguém "amarele" na hora mais importante da competição.
"Os mais jovens têm entendido nosso recado. Basicamente, procuro passar tranqüilidade. O jogo é importante, mas não é o último da carreira de cada um. O máximo que fazemos é orientar, porque qualidade eles têm, senão não estariam no Paraná", disse o zagueiro Émerson, de 31 anos.
O discurso do capitão Beto, de 32 anos, é semelhante ao do colega. Elogiado pela imprensa como o maior destaque paranista até agora no torneio, o camisa 7 tenta esquecer as homenagens. "Não acho que sou destaque sozinho. Temos aqui um grupo que conquista os resultados e isso é o que importa", afirmou.
Sobre o auxílio aos menos experientes, Beto acredita que nada muito especial deve ser feito na preparação para os confrontos contra o Azulão. "Temos que agir com naturalidade nesses jogos e repetir o que tem sido realizado nos treinamentos", receitou.
O mais veterano do time, o goleiro Flávio, de 35 anos, já conquistou quatro vezes o campeonato local defendendo o rival Atlético. Na reta final do certame, o Pantera procura transferir suas experiências gloriosas para quem corre atrás de um currículo como o dele.
"É preciso ter personalidade forte neste momento. Pelas dificuldades que estes jogadores já passaram, mostraram que isso não vai faltar", garantiu.
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