Ficha da prisão de Sônia Hadad Hernandes, divulgada pela polícia de Palm Beach, nos EUA| Foto: Divulgação/Polícia de Plam Beach

Calama, Chile – O estádio já estava vazio e os jogadores do Paraná ainda comemoravam o resultado que deixou a equipe muito próxima de se juntar a Flamengo, Deportivo Tachira-VEN e Potosi-BOL. Cada um a seu jeito, a comemoração foi incontida.

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Aderaldo estava bravo, não havia gostado dos comentários dos chilenos sobre o Paraná, e extravasava com gesto fortes. Dinélson, mais tranqüilo, também lembrou o episódio. "Ninguém acreditava na gente, mas chegamos quietos, não falamos nada e provamos o nosso potencial", afirmou o jogador que, ao sair de campo, abraçou Silas, o auxiliar técnico, e disse sorrindo: "Peguei contigo aquele lançamento".

Falava da jogada do primeiro gol, que vinha sendo ensaiada nos treinamentos. "Nós vínhamos entrosando. E no jogo foi só uma troca de olhares", conta Henrique.

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Josiel também tem sua versão do segundo gol. Por duas vezes, livre, viu seus companheiros darem bicos para longe. Mas num desses chutões da defesa, dominou e fez sua jogada característica: partiu para cima do defensor. "O professor pediu para eu ficar na frente e segurar os zagueiros. Acho que cumpri a minha função".

Mas a euforia foi logo travada pelo capitão Beto. Impecável em campo, o volante pediu calma, e avisou que a equipe tem de manter os pés no chão. "Nada está ganho. Temos ainda mais uma partida e precisamos manter a mesma concentração", afirmou.

Para quem imaginou que a altitude de 2.250 metros acima do nível do mar não fosse influenciar, enganou-se. Após os 20 minutos da segunda etapa, mesmo com a utilização de dois tubos de oxigênio no intervalo, a baixa física era visível. Foi quando Zetti colocou mais dois volantes. E daí, as cãibras de André Luiz viraram um novo drama tricolor. "Eu só lembro do pessoal gritando ‘Vamos, vamos, só faltam 10 minutos’. Posso dizer que isso foi com o coração mesmo. É uma sensação muito gostosa".

No fim das contas, o placar de 2 a 0 surpreendeu o torcedor paranista, mas não a Zetti. O técnico realizou a preleção uma hora antes da partida, e havia destrinchado o Cobreloa. Os jogadores compreenderam a estratégia. "Sabia que só poderíamos tomar gols de bolas altas. E avisei isso a eles", disse. Sobre o posicionamento ofensivo, mais uma dica que veio do treinador: "Chamei o Henrique e disse que se ele fosse inteligente sairia toda a hora na cara do goleiro".

O treinador, contudo, foi outro a pedir cautela: "Ainda temos muito o que melhorar"

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