Os problemas técnicos não são os únicos do Atlético e podem até ser um reflexo de desajustes nos bastidores. A derrota de ontem expôs falhas de comunicação no grupo, falta de comprometimento de jogadores e até possíveis impasses financeiros.
Ao fim da partida, em entrevista à Rádio Banda B, o zagueiro Manoel disse que a equipe "não conversa dentro de campo". Ao ser questionado se fora dos gramados ocorria o mesmo, a resposta foi afirmativa. O jogador, que conseguiu um efeito suspensivo para poder atuar em Belo Horizonte, cobrou ainda mais união do time nos jogos.
Em 2009 o Rubro-Negro também sofreu com problemas de relacionamento e o pacote antirrebaixamento incluiu o afastamento de Rafael Moura, Alberto, Zé Antônio e Antônio Carlos.
O técnico Leandro Niehues não confirmou o racha. Mas revelou a falta de compromisso de alguns atletas. "Não percebo isso [que o Manoel falou]. A gente sabe de algumas coisas e traz para os jogos quem está comprometido. O Wallyson, por exemplo, não está fazendo a mínima força para jogar pelo Atlético. Outros também não estão aqui porque não estão comprometidos", soltou, sem citar mais nomes.
O atacante citado pelo treinador trava um impasse com o clube sobre a renovação de contrato. Uma audiência na Justiça do Trabalho estava marcada para sexta-feira, mas foi adiada. A falta de acerto atrapalha inclusive o reforço do elenco, pois Wallyson seria envolvido na contratação do santista Maikon Leite.
Durante a partida de ontem também foi comentado pelas emissoras de rádio que os jogadores estariam insatisfeitos com a falta de definição da premiação por vitórias para o Brasileiro. Sem triunfos por enquanto, o acerto não faz falta.
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