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A "novela" Aloísio x Atlético continua. E nada mudou nesta segunda-feira, com o julgamento no Tribunal Regional do Trabalho de Curitiba (TRT) do mandado de segurança solicitado pelo Furacão contra a decisão da juíza da 1.ª Vara de Trabalho da capital, Simone Galan Figueiredo - que liberou o jogador dos seus compromissos contratuais com o clube paranaense para assinar contrato com o São Paulo. O juiz que julgou o recurso atleticano, Nei José de Freitas, indeferiu o pedido do advogado Diogo Braz Fadel, que representa o Atlético. Com isso, a decisão final sobre o caso volta para as mãos da juíza Simone, que deverá dar a sua sentença para o imbróglio no dia 22 de setembro.

A decisão de rejeitar o mandado de segurança foi votada por um colegiado de 13 juízes do TRT. O resultado contrário ao Atlético foi unânime, e já esperado pelo advogado do clube paranaense. "Não dá pra dizer que não era esperado. É uma prova difícil, cada lado apresentou o seu ponto de vista. Temos que aguardar o tramite agora e a decisão no dia 22", comentou Fadel em entrevista à rádio CBN. De acordo com o despacho do juiz Nei de Freitas, o recurso alegava que a revogação da liminar favorável ao Atlético em primeira instância demonstrava um erro e abuso por parte da juíza. Com o mandado, o time paranaense esperava anular a revogação e validar a primeira decisão, o que obrigaria o jogador que atualmente atua pelo clube paulista retornar imediatamente.

Porém, para o TRT faltaram elementos para comprovar as alegações rubro-negras. Dessa forma, o caso só terá um parecer final no dia 22 de setembro. Até lá Aloísio segue jogando normalmente pelo São Paulo. O advogado que representa o time paulista, Fernando Barrionuevo, se mostrou satisfeito com a decisão do tribunal. "Não havia elementos para comprovar o que o Atlético queria. Agora todas as questões envolvendo o Aloísio, inclusive a alegação dele sobre danos a sua imagem, serão analisadas", assegurou.

Nem mesmo o possível desfecho do caso daqui a pouco mais de um mês deve melhorar a relação entre os dois clubes, que está estremecida. Quem garante é o ex-presidente do São Paulo, Marcelo Portugal Gouveia. "Enquanto eu era presidente o relacionamento não era bom por causa de atitudes como essa (o caso Aloísio). Está provado que o Atlético não detinha os direitos do atleta, e o São Paulo tratou diretamente com o dono do jogador na época, aquele time russo (Rubin Kazan). O fato é que essa época de ditadura no futebol acabou, o atleta também tem que ser consultado. Pergunte pra ele (Aloísio) onde ele quer jogar", sentenciou Gouveia.

A diretoria do Atlético prefere aguardar a decisão final do caso para então se pronunciar.

Entenda o caso

A confusão começou quando o jogador, que tinha seu passe vinculado ao Atlético e ao clube russo Rubin Kazan, foi emprestado ao São Paulo no fim de 2005 por um período de três meses para a disputa do Mundial de Clubes da Fifa. Após esse período, o jogador teria que voltar ao Atlético, mas quis permanecer no São Paulo. O Rubro-Negro alegou que o jogador ainda tinha vínculo com ele e teria que se reapresentar, mas o clube paulista negociou um contrato direto com o clube russo. A juíza Simone Figueiredo deu ganho de causa através de uma liminar para o Atlético. Contudo, ela mesma revogou a decisão parcialmente para que o jogador disputasse uma partida. Após uma audiência de conciliação sem sucesso, a liminar foi revogada por completa e o atleta foi para o São Paulo até o julgamento final do processo. O Atlético protocolou então um pedido de mandado de segurança contra o clube e o jogador, que foi indeferido pelo TRT.

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