Dois pênaltis inexistentes, duas equipes mais preocupadas em marcar do que jogar, um empate justo e que agradou aos dois lados. O 1 a 1 entre Atlético e Corinthians, ontem, na Arena da Baixada, pouco mudou alterou a situação dos dois times no Campeonato Brasileiro.
Enquanto o Furacão se mantém a três pontos da atual zona que classifica à Libertadores, essa é a mesma diferença do Timão na perseguição ao líder Fluminense. Para não ter a situação alterada, contudo, o Atlético torce para o Santos, hoje, contra o Botafogo.
Mas mesmo antes do fechamento da rodada, uma coisa é certa: o empate selou de vez a boa fase do time atleticano, que não perde há seis jogos. Nas últimas partidas, foram quatro vitórias e dois empates. E a certeza, no discurso dos jogadores, de que, nesta edição do Nacional, o clube poderá brigar por algo melhor do que apenas se contentar em se manter na Série A.
"Em um campeonato tão disputado, é muito difícil ficar seis jogos sem derrota. O primeiro tempo foi muito truncado, mas no segundo achamos o nosso jogo. Nos superamos. Mas foi justo", disse o meia Branquinho, que aponta o alvo a ser mirado. "Podem ter certeza de que vamos brigar pela Libertadores."
Pelo jogo de ontem, no entanto, para que isso ocorra o Rubro-Negro terá ainda de melhorar bastante. Para se ter uma ideia, o time de Paulo Cesar Carpegiani só teve uma chance clara de gol. Com Maikon Leite, aos 40 minutos do segundo tempo. Mas o jogador chutou para fora.
Assim, o jogo ficou marcado pelos erros de Jaílson Macedo Freitas que marcou dois pênaltis que não existiram. O primeiro de Wagner Diniz, uma bola na mão. Ronaldo abriu o placar. O segundo, no mesmo jogador do Atlético, que se atirou dentro da área com a chegada da marcação. Maikon Leite empatou.
"Falei no vestiário que a compensação poderia ocorrer", disse o técnico Adílson Batista, do Corinthians. "Ele deu um toque ali, né...", falou, meio sem graça, Wagner Diniz. "Foi igual lá", completou.
O resultado, contudo, agradou Carpegiani que elogiou o desempenho da equipe e destacou o empate principalmente por ser contra uma equipe de Adílson, um técnico bastante estrategista.
"O time foi bem, contra uma equipe que eu considero a principal candidata ao título. Mas nós estivemos mais pertos da vitória do que o Corinthians. O problema foi que tivemos dificuldade de criação. As duas equipes ficaram devendo, mas nos ficamos mais perto e o Corinthians sentiu. Esse ao menos foi o jogo que vi", disse o técnico que achou o árbitro rigoroso na marcação dos pênaltis. "Acho que houve muito rigor dele".
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