Há dias o ex-boxeador Macaris do Livramento, campeão mundial em 1996 e campeão brasileiro em 2002, não consegue dormir direito. A insônia, porém, desta vez tem um bom motivo, bem diferente da época em passou as noites em claro no hospital se recuperando de um infarto, em fevereiro. Desde que recebeu o telefonema da Secretaria Municipal de Esporte e Lazer (Smel), no começo do mês, confirmando a sua participação no revezamento da condução da tocha pan-americana, que desfilará amanhã pelas principais ruas de Curitiba, Macaris trocou o sono pela imaginação.
O pugilista de 47 anos já perdeu as contas das horas em que ficou sonhando acordado com o momento em que receberá a chama na Travessa Nestor de Castro e a conduzirá por 400 metros pela Alameda Augusto Stellfeld, no Centro. "A ansiedade está demais, parece que eu vou decidir um título mundial. Para quem chegou a estar à beira da morte, esse reconhecimento é muito importante. Ainda mais no Brasil, onde estamos acostumados a prestar homenagem só a quem já morreu", disse.
Catarinense de Orleans, a 185 km de Florianópolis, Macaris veio para Curitiba com a família quando tinha 5 anos, em 1965, para "fazer a vida na capital". "Por isso não quero decepcionar a cidade. Comecei a correr 10 km todos os dias para que me vejam magro, com a mesma imagem de quando eu lutava", comentou ele, que pendurou as luvas em maio do ano passado.
O nadador Fabiano Machado, medalha de ouro no Jogos Parapan-Americanos de Winnipeg-99 e Santo Domingo-03, e bronze na Paraolimpíada de Sydney, 2000, é outra personalidade do esporte curitibano que carregará a tocha (veja lista completa ao lado). "Fico envaidecido. É o reconhecimento por tudo que fiz pelo esporte", resumiu o atleta. Machado levará a chama da Avenida Marechal Humberto Castelo Branco até a Praça das Nações, no Alto da XV.
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