Dois países, um na Europa e outro na América, se tornaram neste sábado os mais novos classificados para a Copa do Mundo. A Ucrânia, que nunca disputou um Mundial, foi o primeiro país europeu a conseguir em campo um lugar na Alemanha-2006. E os Estados Unidos, que já disputaram sete vezes a Copa, garantiram matematicamente uma das três vagas da Concacaf.
Os americanos se classificaram no fim da noite, com uma vitória por 2 a 0, em Columbus, sobre o principal rival na região, o México. Os gols foram marcados por Steve Ralston e DaMarcus Beasley, ambos no segundo tempo. O resultado levou os Estados Unidos ao primeiro lugar do hexagonal decisivo, com 18 pontos, dois a mais que os mexicanos.
Como a Guatemala, quarta colocada com sete pontos, havia perdido um pouco antes para Trinidad e Tobago, por 3 a 2, os americanos puderam comemorar a ida para mais um Mundial - o quinto consecutivo. O México está a apenas um ponto da vaga. Também neste sábado, a Costa Rica venceu o Panamá por 3 a 1 e chegou aos dez pontos. Costa Rica e Guatemala devem brigar pela terceira vaga direta da Concacaf ao Mundial - quem perder a disputa jogará a repescagem contra o representante da Ásia.
Ucrânia consegue classificação dramática A classificação da Ucrânia foi bem mais dramática. Com 24 pontos e líder da sua chave, o time precisava apenas vencer a Geórgia para carimbar o passaporte. E estava fazendo sua parte, com um gol de Rotan, marcado aos 44 minutos do primeiro tempo. Mas Gahkokidze empatou no último minuto do jogo e o 1 a 1 esfriou a festa ucraniana. Só que ainda havia outra chance de celebrar já neste sábado: torcer para que a Turquia não derrotasse a Dinamarca, em Istambul.
E foi o que aconteceu: pouco depois, no complemento da rodada, turcos e dinamarqueses ficaram no 2 a 2 e garantiram a histórica classificação do adversário de ambos. E foi também um gol no último minuto que pôs a Ucrânia na Copa. Claus Jensen abriu o placar para a Dinamarca, aos 41 do primeiro tempo. Okan, aos três, e Tümer, aos 36, viraram para a Turquia, mas Larsen marcou aos 45 da etapa final.
O resultado deixou os turcos com 17 pontos, a duas rodadas do fim das Eliminatórias, sem chances de chegar à liderança. A Grécia, terceira colocada, com 15, tem um jogo a menos e pode até empatar em pontos com a Ucrânia, mas não consegue o primeiro lugar por causa do primeiro critério de desempate, confronto direto.
Shevchenko evita maldição dos craques 'sem-Copa'
Turquia, Grécia e Dinamarca (quarta colocada, com 13 pontos) brigarão pelo segundo lugar do grupo, que garante vaga na repescagem ou mesmo na Copa (os dois melhores vice-líderes entre os oito grupos se classificam diretamente). Quarta-feira, a Turquia enfrenta a Ucrânia fora de casa, a Grécia pega o Kazaquistão, também no campo do adversário, e a Dinamarca recebe a Geórgia.
Uma das ex-repúblicas soviéticas que obtiveram a independência na década de 90, a Ucrânia está participando apenas pela terceira vez das Eliminatórias. E embora nunca tivesse se classificado até então, a equipe sempre esteve perto da vaga.
Na primeira vez que participaram do torneio qualificatório, os ucranianos chegaram à repescagem, ficando em segundo lugar em seu grupo. Mas uma derrota por 2 a 0 e um empate em 1 a 1 com a Croácia frustrou o sonho do país de ir à Copa da França, em 1998. Nas Eliminatórias para o Mundial da Ásia, quatro anos depois, eles repetiram o desempenho anterior, caindo nos play-offs diante da Alemanha.
A classificação para a Copa de 2006 é um prêmio para um dos mais importantes jogadores europeus da atualidade, o atacante Andriy Shevchenko. O camisa 7 do Milan corria o risco de sofrer a maldição de grandes craques, como o liberiano George Weah e o galês Ryan Giggs, que nunca disputaram Copas do Mundo por não terem nascido em países de tradição no futebol. Shevchenko é o artilheiro da Ucrânia nas Eliminatórias, com cinco gols.
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