Leipzig Nem o torcedor espanhol mais fanático esperava, muito menos os próprios jogadores da seleção. Mas o placar de 4 a 0 contra a temida Ucrânia de Shevchenko, ontem, em Leipzig, foi construído com tanta facilidade que ao fim da partida a única coisa que restou a fazer dentro dos vestiários da Fúria era tentar esconder a euforia.
Foi difícil. Afinal, além de se isolar na liderança do grupo H, com 3 pontos, e ter o maior saldo de gols da Copa até aqui, a Espanha reverteu o descrédito que sempre a cercou antes de mundiais aplicando a maior goleada de sua história em estréias de Copas do Mundo até então, o maior placar na primeira partida da seleção espanhola havia sido 3 a 1, em 34, 50 e 02.
"Nenhum de nós sonhava em ganhar de 4 a 0. Mas não fizemos nada ainda, precisamos trabalhar duro", afirmava Luís Garcia.
A empolgação do atacante era contida por outras declarações dos colegas. "Nem éramos tão ruins quanto diziam nem somos tão bons agora. Temos de ser cautelosos", afirmou Puyol, xerife espanhol no setor defensivo.
Mas quem deu o equilíbrio sobre a goleada e a impressão que a Espanha pode ter deixado em seus adversários foi o técnico Luis Aragonés: "Impressionar é uma palavra muito forte. Equipes como Argentina, México e Itália também apresentaram qualidade em suas estréias. É cedo para dizer quem largou na frente".
Nada apaga, contudo, a partida. E bastou a bola começar a rolar para a Espanha iniciar o massacre à Ucrânia. Os dois primeiros gols saíram rápido: aos 13, com Xabi Alonso de cabeça, e aos 17, em cobrança de falta de Villa que também faria o terceiro, de pênalti, aos 2 do segundo tempo. Mas o gol que valeu o ingresso foi o quarto, linda jogada, de toques de primeira até Fernando Torres, aos 36, concluir com um chute forte.
Além da maior goleada, o confronto também foi marcado pelo primeiro pênalti e da primeira expulsão direta. Tudo no mesmo lance, um tanto polêmico, no qual a infração feita pelo ucraniano Vladyslav Vaschuk parece ter sido cometida fora da área. Um sutil puxão de camisa que mesmo com o replay fica difícil de se saber até onde foi cometida a falta.
Outra atração do jogo foi a torcida. A Fúria Espanhola está na briga e o torcedor, não à toa, deu um show no lotado Zentralstadion.
Em Leipzig
Espanha 4Casillas; Sergio Ramos, Pablo, Puyol e Pernía; Xavi, Marcos Senna, Xabi Alonso (Albelda) e Luis García (Fabregas); Torres e Villa (Raúl).Técnico: Luis Aragonés.
Ucrânia 0Shovkovskyi; Yezerskiy, Rusol, Vashchuk e Nesmachniy; Gusev (Vorobey), Tymoschuk, Gusin (Shelayev) e Rotan (Rebrov); Shevchenko e Voronin.Técnico: Oleg Blokhin.
Local: Zentralstadion. Árbitro: Massimo Busacca (SUI).Gols: Xabi Alonso, aos 13, e Villa, aos 17 do 1.º tempo; Villa (pênalti), aos 2, e Torres, aos 35 do 2.º tempo. Amarelos: Rusol e Yezerskiy. Vermelho: Vashchuk.
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