
Primeiro grande evento esportivo a ser realizado em meio à pandemia do coronavírus, o UFC teve saldo positivo. Porém, o evento feito neste fim de semana em Jacksonville, nos Estados Unidos, ficou marcado também por muitos vacilos quando o assunto era prevenção de fato.
Mas, antes de falar do evento em si, vamos destacar a semana que antecedeu o UFC 249. Com todas as medidas de segurança necessárias, os lutadores foram chegando ao hotel que a organização reservou. Diariamente, atletas, treinadores e o staff eram testados para saber se ninguém estava contaminado pelo covid-19.
Às vésperas do evento, na noite de sexta-feira, veio o baque. O capixaba Ronaldo Jacaré havia testado positivo para o coronavírus. Ele e mais dois de seus treinadores. O trio foi colocado em isolamento. O brasileiro teve o duelo contra o jamaicano Uriah Hall cancelada. Mesmo assim, o UFC confirmou o evento de sábado.
Sem público, o UFC 249 transcorreu normalmente para a alegria dos fãs de MMA, já que o card era, praticamente, impecável. Mas, dentro do octógono, alguns ‘escorregões’. O árbitro central não utilizava máscara. Treinadores até utilizavam, mas, muitas vezes tiravam a proteção para orientar seus comandados. Ao fim dos combates, o repórter oficial do Ultimate, Joe Rogan, entrevistava os lutadores ali no cage, sem proteção alguma e muito próximo dos atletas.
Apesar de tudo isso, na transmissão oficial, feita pela ESPN, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump apareceu para elogiar a organização do UFC e pedir o retorno de outros eventos esportivos no país mais atingido pelo coronavírus. Até o fechamento desta reportagem, 79.645 pessoas haviam morrido pelo covid-19 na “Terra do Tio Sam”.
Dentro do octógono, as expectativas foram atendidas. No card preliminar, mesmo sem nenhum nocaute ou finalização, algumas batalhas foram de destaque, como o triunfo do brasiliense Vicente Luque sobre o americano Niko Price por interrupção médica, a derrota do gaúcho Fabrício Werdum para o russo Alexey Oleinik na decisão dividida dos árbitros - o brasileiro não lutava há dois anos – e a vitória do ex-campeão peso-leve Anthony Pettis sobre o americano Donald Cerrone.
Já no card principal, sobrou emoção. Sobrou surpresa. Destaque para os nocautes impressionantes de Calvin Kattar e Francis Ngannou sobre Jeremy Stephens e Jairzinho Rozenstruik, respectivamente. Nas lutas principais, Henry Cejudo manteve o cinturão peso-galo ao nocautear Dominick Cruz. Ao fim do combate, o americano anunciou a sua aposentadoria aos 33 anos. Por fim, Justin Gaethje fez uma batalha épica contra Tony Ferguson e se tornou campeão interino dos leves.
Veja todos os resultados:
UFC 249
9 de maio de 2020, em Jacksonville (EUA)
CARD PRINCIPAL
Peso-leve: Tony Ferguson x Justin Gaethje
Peso-galo: Henry Cejudo venceu Dominick Cruz por nocaute técnico no segundo round
Peso-pesado: Francis Ngannou venceu Jairzinho Rozenstruik por nocaute no primeiro round
Peso-pena: Calvin Kattar venceu Jeremy Stephens por nocaute no segundo round
Peso-pesado: Greg Hardy venceu Yorgan De Castro na decisão unânime dos árbitros
CARD PRELIMINAR
Peso-leve: Anthony Pettis venceu Donald Cerrone na decisão unânime dos árbitros
Peso-pesado: Alexey Oleynik venceu Fabricio Werdum por decisão dividida
Peso-palha: Carla Esparza venceu Michelle Waterson por decisão dividida
Peso-meio-médio: Vicente Luque venceu Niko Price por interrupção médica no terceiro round
Peso-pena: Bryce Mitchell venceu Charles Rosa na decisão unânime dos árbitros
Peso-meio-pesado: Ryan Spann venceu Sam Alvey na decisão dividida dos árbitros
Desafiados, governadores da oposição refutam culpa pela inflação e antecipam debate de 2026
Trump muda jogo político da Europa e obriga países a elevarem gastos com defesa
Preço dos alimentos não cai com ameaças, mas com responsabilidade
A inflação do grotesco: três porquinhos são deixados para morrer em exposição
Deixe sua opinião