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"Uma situação estranha". Assim o zagueiro Ageu define o fato de enfrentar o Paraná no mata-mata do Campeonato Paranaense pelo Iraty a partir de domingo. Após dez anos, cinco títulos e um recorde vestindo a camisa paranista (ele é o jogador que mais vezes atuou pelo clube em Brasileiros: 136), o defensor se vê na obrigação de tentar acabar com o sonho tricolor de chegar à conquista local após nove anos.

Por ironia do destino, Ageu participou dos dois últimos torneios em que o clube da Vila Capanema levantou taças – no Paranaense de 1997 e na Copa João Havelange em 2000. Agora, aos 33 anos de idade e defendendo o Azulão, ele reconhece que é torcedor da equipe da capital, mas nada poderá fazer para ajudar o time do coração.

"Não há como negar que sou paranista, por tudo que vivi desde quando comecei e passei por momentos de alegria e tristeza. Mas agora estou no Iraty. O Sérgio (Malucelli, presidente) me deu a oportunidade para liderar os garotos e tenho de enfrentar o Paraná da mesma maneira que fiz quando estava no Criciúma e na Portuguesa", afirmou.

Do longo período em que o zagueiro esteve no Tricolor, restam no elenco apenas o goleiro Flávio e o volante/lateral-direito Goiano. Ambos sabem muito bem o que irão enfrentar no duelo contra Ageu. Apesar da amizade, as gentilezas só devem durar até o árbitro iniciar a partida.

"Além de bom zagueiro, ele é um excelente cobrador de faltas. Também faz muitos gols de cabeça e teremos de nos cuidar com isso. Temos uma amizade boa, mas agora seremos adversários", admitiu o Pantera. "O Ageu é um grande jogador. Me ajudou muito desde quando subi da base. Somos amigos, mas dentro de campo cada um tem seus objetivos. A amizade fica nos abraços antes e depois do jogo", disse Goiano.

Sem aguardar nenhuma facilidade diante dos "amigos", o ex-camisa 4 da Vila Capanema adverte que o Azulão não está na segunda fase do Paranaense apenas para participar. O time, que se viu quase eliminado sob o comando do técnico colombiano Freddy Rincón, cresceu com Val de Mello e arrancou para a classificação. Uma campanha semelhante à do Paraná, que também ganhou corpo nas rodadas finais.

"Respeito a marca Paraná e sei como o time cresce nas horas decisivas, mas o Iraty está lutando pela vaga da Série C e pela Copa do Brasil. Sabemos que o Paraná é favorito pela tradição, mas um jogador só é lembrado pelas conquistas e é isso que eu busco no Azulão", avisou.

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