Julian Viáfara contradiz o estereótipo do boleiro. Gosta de gastronomia a ponto de se arriscar na elaboração de pratos refinados. Se interessa por idiomas, troca os ritmos mais populares pela música eletrônica e U2 e já elegeu o Tribalistas como grupo predileto entre os sons brasileiros. Integrante da legião colombiana no CT do Caju ao lado de Ferreira, Dayro Moreno, Valencia e Julian Palacios (esse em observação), o goleiro luta com mais novos amigos para chegar à meta rubro-negra. Aos 33 anos, o jogador treina em Curitiba desde janeiro mas só foi registrado há dez dias graças às dificuldades importas pelo América de Cali e traça pela primeira vez o seu perfil para a torcida atleticana.
Apelido Nunca tive.
Clube de infância América de Cali. Eu gostava muito de um time que jogou em 87 e 88, onde atuava um grande goleiro, Julio Falcione, da Argentina.Como se tornou goleiro Por acidente. Comecei como atacante, mas minhas condições físicas eram terríveis. Depois fui para a zaga. Não deu certo. Me tornei goleiro e ajudou o fato de eu gostar de pegar pênaltis.
Pontos fortes Persistência no trabalho, eficiência nos cruzamentos e a reposição. Também gosto de jogar com os pés.
Pontos fracos Excesso de confiança.
Ídolo Oscar Córdoba (colombiano campeão de três Libertadores pelo Boca Juniors), pela técnica, reposição e qualidade nos cruzamentos.
Você joga como... Oscar Córdoba, guardadas as devidas proporções.
Melhor momento Quando cheguei ao América, em 2001, e fiquei cinco anos contínuos como primeiro goleiro.
Pior momento Os seis últimos meses no América. Meu rendimento não foi bom.
Melhor jogador que já enfrentou Robinho, na Libertadores de 2003. Ele jogou muito e o Santos tinha ainda Diego, Elano, Renato. (O América de Cali perdeu por 5 a 1 em casa ainda e levou 3 a 0 na Vila Belmiro).
Melhor atleta com que jogou David Ferreira.
Influência Da minha família e do meu pai, Ramiro, que foi jogador. Atuava tanto no meio como na lateral.
Briga aberta no gol Estar aqui no Atlético é um sonho realizado e brigar por um posto como titular, um orgulho. Um goleiro qualquer não fica no Atlético e nem no Brasil. Não é fácil. A competição está aberta. Um colega sai (Cléber), mas o Guilherme, o Vinícius e o Tiago Cardoso são goleiros muito competentes também. A parceria é muito legal aqui. Não importa quem está jogando, torcemos um pelo outro.
Adaptação ao Brasil A comida não é tão diferente da colombiana. Quanto à língua, tenho muita vontade de aprender. Carrego um dicionário desde a minha chegada. Somos bem tratados nas ruas, as pessoas ajudam, nos orientam. É muito legal. Só sinto saudade da minha família e da minha filha Valerie, de 8 meses.
Passatempo Gosto de ouvir música, ficar na internet, ler livros de crescimento pessoal e força mental. Acho isso importante na minha profissão. Quero fazer cursos de português e inglês. Também gosto de cozinhar.
Música Eletrônica, U2 e Tribalistas, no Brasil.
Carro Land Rover.
Em cinco anos Estarei com 38 e me preparando para deixar o futebol.