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Apesar da posição delicada na tabela, como o Brasileiro ainda não está nem na metade, ninguém no Atlético admite que o clube vai lutar contra o rebaixamento. Mas, segundo o técnico Oswaldo Alvarez, o time vai demorar mais tempo para se afastar das últimas posições do que o torcedor gostaria.

"É importante entender que não dá para sair deste bolo rapidamente. Só se conseguirmos ganhar quatro ou cinco jogos seguidos. Aí é manter o ritmo e pensar em coisas maiores. Por enquanto até os empates são ruins", explicou Vadão.

Com um empate na partida de domingo contra o Grêmio, em Caxias do Sul, o Furacão provavelmente se livra temporariamente de freqüentar a zona de rebaixamento. Mas como folga na outra rodada – deveria enfrentar o São Paulo, finalista da Libertadores –, dificilmente escaparia de chegar ao duelo com o Figueirense entre os quatro últimos.

Mesmo tendo três pontos a mais para disputar do que os concorrentes, não seria nada bom psicologicamente para a equipe fazer parte do grupo de risco do campeonato. É justamente a preocupação com o lado emocional que faz Vadão evitar muitas projeções.

"Devemos pensar em cada jogo. Temos um grupo jovem e complica se começarmos a colocar muitos números para eles. No final, a conta é simples: quem fizer mais de 40% dos pontos não cai", disse o treinador.

No momento o Atlético está com 17 pontos, ou 38% de aproveitamento. Para terminar o campeonato com 40%, precisaria chegar aos 46 pontos. Os 29 que faltam equivalem a 9 vitórias e 2 empates. Nada tão complicado se levado em consideração que o time ainda tem 12 jogos para fazer na Arena, além de outros 11 fora de casa.

Foi com esse aproveitamento que a Ponte Preta escapou da degola em 2005. Mas, como a competição deste ano tem quatro rodadas a menos e por enquanto a disputa na parte debaixo da tabela está bastante acirrada, para aumentar a margem de segurança é interessante considerar 47 o número mágico. Ou seja, mais um empate no mínimo.

Mesmo que Vadão evite as projeções, os jogadores, preocupados com a posição, vão fazendo as suas contas particulares. Para o zagueiro João Leonardo, por exemplo, se não der para arrancar duas vitórias na excursão para enfrentar Grêmio e Figueirense, o time precisa chegar o mais perto disso: "Vamos para dois jogos difíceis fora e temos de buscar no mínimo quatro pontos", calculou.

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