Rio (AE) – "Nem quarteto, nem sexteto, mas quinteto!" O coordenador-técnico da seleção brasileira, Zagallo encerrou a discussão ontem, ao fazer a afirmação após a convocação para os amistosos contra Emirados Árabes, dia 12, e Kuwait All Star Team, dia 15 de novembro, que trouxe o volante Edmílson, do Barcelona, e o atacante Fred, do Lyon, de volta ao grupo. Ele ainda revelou de onde surgiu a inspiração para a formação do atual time brasileiro: "O Zé Roberto é o nosso quinto homem e essa formação veio da Copa da 1970, quando o Gérson era o meu quinto jogador."

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De acordo com Zagallo, ao substituir João Saldanha no comando da seleção que foi para a Copa de 1970, sua intenção era escalar o time com um ponta-de-lança, já que a formação até então usada era o 4–2–4, considerada por ele, ultrapassada. Por isso, desconvocou Dirceu Lopes e Zé Carlos e chamou Roberto Miranda e Dario.

Mas, ao montar o time com Tostão, Jairzinho, Pelé e Rivelino, conseguiu fazer com que Gérson passasse a ter liberdade para atacar. O mesmo, segundo ele, que ocorre hoje com o quadrado formado por Ronaldinho Gaúcho, Kaká, Ronaldo e Adriano, deixando Zé Roberto ser "o quinto homem" – ou seja, marcando e também tendo liberdade para atacar.

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"A seleção não vinha bem até que testamos essa formação contra Hong Kong. Ali adotamos pela primeira vez o quinteto com o Zé Roberto e o quadrado formado por Robinho, Ricardo Oliveira, Juninho Pernambucano e Ronaldinho Gaúcho", contou Zagallo.

Nesse jogo, em fevereiro passado, o Brasil venceu por 7 a 1. E até por ter sido num amistoso que o "quadrado mágico" foi testado que o técnico Carlos Alberto Parreira defendeu a realização das duas últimas partidas do ano com adversários sem expressão no futebol.

Ele aproveitou para destacar que poderá observar como está o volante Edmílson, convocado por opção tática no lugar de Renato, do Sevilla, e também o atacante Fred, que substitui a Ronaldo, contundido. "O Edmílson teve uma passagem boa conosco, mas se contundiu. Quero ver de perto como ele está. Já o Fred se firmou de vez no futebol europeu e, como surgiu a oportunidade, resolvi chamá-lo", explicou Parreira. "O trabalho está praticamente encerrado e para quem nunca foi convocado realmente ficou difícil. Mas, a comissão técnica está de olho em tudo que acontece."