Dortmund Após viver um mês sob críticas e polêmicas, Ronaldo buscou ontem inspiração no filho Ronald, de 6 anos, para se recuperar no Mundial. Deu certo. O atacante conseguiu se igualar a Gerd Müller como maior artilheiro em Mundiais (ambos tem 14 gols). Também superou Pelé (com 12) na artilharia da seleção brasileira.
O centroavante disputou a partida contra o Japão com uma chuteira amarela bastante espalhafatosa. Pediu para a Nike (sua fornecedora de material esportivo) gravar o nome de Ronald no calçado. Balançou a rede duas vezes e depois um pouco emocionado fez menção à criança.
"É um dia muito feliz. Meu filho veio ver o jogo. Foi a primeira partida da Copa que ele viu. Quero dedicar esses dois gols para ele, que me deu muita paz e tranqüilidade", desabafou o Fenômeno após a partida.
O camisa 9 também fez uma rápida referência ao seu passado de contusões. Ainda no vestiário, ao saber que havia sido eleito pela Fifa como o melhor jogador da partida, acabou perguntado sobre como superou a crise técnica nos dois primeiros confrontos do torneio. Era a deixa para o desabafo.
"Paciência é a palavra-chave na minha vida. Não se pode ter euforia quando está dando tudo certo; nem desesperar quando está dando errado", disse. Mais tarde emendou. "Não estou aqui para dar resposta a ninguém e sim para fazer o meu trabalho. Estou cumprindo o que a comissão técnica programou para mim."
Quando perguntado sobre as marcas alcançadas, esquivou-se. "Era um dos meus objetivos, mas não o principal. Quero sim ser campeão", destacou, para em seguida falar sobre algo raro na história do futebol: superar o Atleta do Século. "Nunca tive nenhuma pretensão de ser melhor que o Pelé. Mas é um recorde quebrado... Estou feliz", falou.
O jogador encerrou dizendo que vai aproveitar o dia de folga em festa. "O trabalho foi bem realizado. Estou muito feliz com minha evolução física e técnica. Vou comemorar a grande vitória com a minha família e meus companheiros. A caminhada rumo ao hexa continua."
Em Dortmund
Brasil 4Dida (Rogério Ceni); Cicinho, Lúcio, Juan e Gilberto; Gilberto Silva, Juninho Pernambucano, Kaká (Zé Roberto) e Ronaldinho Gaúcho (Ricardinho); Robinho e Ronaldo. Técnico: Carlos Alberto Parreira.
Japão 1Kawagushi; Kaji, Tsuboi, Nakazawa e Alessandro Santos; Inamoto, Nakata, Ogasawara (Koji Nakata) e Nakamura; Maki (Naohiro Takahara Oguro) e Tamada. Técnico: Zico
Estádio: Westfalenstadion.Árbitro: Eric Poulat (FRA). Gols: Tamada (J), aos 33, Ronaldo (B), aos 46 do 1.º tempo; Juninho Pernambucano (B), aos 8, Gilberto (B), aos 14, Ronaldo (B), aos 36 do 2.º tempo. Amarelos: Kaji (J) e Gilberto (B).
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