Maracaibo Uma oferenda às crianças de alma pura e um samba que faz alusão ao respeito. Essa foi a maneira com que o técnico Dunga e os jogadores da seleção brasileira desabafaram após a conquista da Copa América.
Bastante emocionado, o treinador da seleção, muito criticado, não alterou o estilo agressivo que marcou sua convivência com os jornalistas desde que assumiu o comando do time nacional.
"Acho que o título foi muito importante. Mas só tenho que agradecer essa vitória a quem tem alma pura. Às crianças da África, da Angola, do Afeganistão, de Israel. Elas têm alma pura, falou Dunga.
Seu auxiliar, Jorginho, seguiu linha parecida. "Conseguimos lentamente superar a desconfiança de todos. Muita gente falou muita coisa. Pô, antes de falar, espera a gente molhar o bico, mostrar o nosso trabalho. É claro que temos muito a aprender, mas já fizemos muita coisa, declarou ele.
Enquanto eles faziam seus discursos em tom de resposta aos críticos, os jogadores, de forma mais descontraída, também mandavam um recado a quem duvidava que o time pudesse ganhar a competição.
Em rodinhas, cantavam sem parar o samba "Moleque Atrevido, de Jorge Aragão: "Respeite quem pode chegar aonde a gente chegou, repetiam os atletas, à frente das câmeras de TV, liderados por Robinho.
O jogador, artilheiro da Copa América, com seis gols, disse que a conquista brasileira representa a vitória da "objetividade. "O futebol é assim. Sabemos que podemos melhorar. Mas o que vale é o resultado, disse o atacante.