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Seja em Atletibas ou com a participação de Britânia, Ferroviário, Água Verde, Pinheiros, Colorado e Paraná, clássicos entre times curitibanos dominaram a maioria das decisões nos 92 anos do Paranaense. Duelos repletos de rivalidade, mas de interesse restrito à capital. É somente quando alguma equipe interiorana vai à final que o clima esquenta em pelo menos dois pólos do estado. Façanha atual do Paranavaí, que a partir de hoje, às 16 horas, no Estádio Waldemiro Wagner, baterá de frente com o favorito Paraná no 25.º duelo entre capital e interior.

Se historicamente tem sido difícil para representantes de outras cidades chegar à decisão, ganhar o campeonato, nem se fala. Foram apenas 4 triunfos em meio a 19 derrotas, além de um inusitado empate entre Cascavel e Colorado no torneio de 1980 – a competição ainda teve decisões totalmente "caipiras" em quatro edições.

Pressionado por tal retrospecto, o Vermelhinho contra-ataca com dados recentes: foram quatro vitórias e três empates diante do trio da capital em 2007, currículo que o credencia a buscar algo mais do que o vice-campeonato de 2003 perante o Coxa.

Aliás, a performance é freqüentemente citada como motivação extra pelo técnico Amauri Knevitz e os jogadores do Vermelhinho. "O ACP é o desafiante, e não tem como ser diferente. Mas é um desafiante que chega bem. O fato de não termos perdido para nenhum time de Curitiba é um dado que precisa ser levado em consideração", discursa o treinador.

Do lado paranista, a "invencibilidade" do adversário é encarada com respeito. "Já estive do outro lado também, num time pequeno contra um grande, e sei que eles vão correr até mais do que podem", afirma o meia Gérson.

Em toda a história, o único clube que chegou a uma decisão com um aproveitamento melhor diante dos grandes foi o Guarani de Ponta Grossa, em 1956. De nada serviu. Na decisão perdeu duas vezes e empatou uma com o Coritiba.

Em busca do bi, o Paraná pretende aumentar para 30 anos o jejum interiorano em decisões contra a capital. A última vez que uma equipe de outra região levou a melhor num confronto direto foi em 1977, quando o Grêmio Maringá impediu o heptacampeonato coxa-branca.

O Tricolor foi a Paranavaí com a intenção de repetir o ano passado, quando praticamente despachou a também surpreendente Adap com um 3 a 0 na primeira partida final – e depois deu a volta olímpica com o 1 a 1 no Pinheirão. Também quer manter a tradição de que time paranaense na Libertadores fica com o título estadual.

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