Weggis, Suíça A seleção pôs a polícia suíça na rua, fez barulho quanto à segurança para chegar a Weggis, mas no fim acabou ignorada pelos torcedores e curiosos da região. Pouca gente ficou esperando o time de Parreira chegar ao Park Hotel, novo quartel-general brasileiro.
Além dos jornalistas, apenas um pequeno grupo de crianças (entre 6 e 10 anos) foi acompanhar a chegada dos jogadores. Elas gritavam "Ronaldinho" o tempo inteiro. Não receberam nenhum aceno do craque. Em determinado momento, viram um sósia do camisa 10 na porta da concentração e foram à loucura.
Os imigrantes brasileiros também deixaram de lado a recepção. As meninas Denise Falcão, 17, e Aline Lemos, 15, eram das poucas que se arriscaram na espera. Trocaram de país há pouco mais de um ano para acompanhar a família e não queriam perder aquele momento único.
"Só de ver eles (jogadores) dentro do ônibus, dando tchau pra gente... Foi bom demais. Pena que nós não vimos o Kaká. Mas tudo bem. Temos os ingressos para os treinos e vamos aproveitar", diziam as meninas, ambas trajadas com o uniforme da seleção.
O atraso delas para chegar à avenida de acesso ao hotel custou ver o ídolo. Às 14h25 (9h25 de Brasília), os três jogadores do Milan além de Kaká, o capitão Cafu e o goleiro Dida se apresentaram. Pegaram três horas de estrada de Milão até Weggis.
Na seqüência, 20 minutos depois, chegou Gilberto Silva. Logo após, apareceu Ronaldo. Na seqüência, Fred. Por fim, às 10h45, estacionou o ônibus da delegação com 13 atletas que saíram do Rio de Janeiro no mesmo vôo que Carlos Alberto Parreira e a comissão técnica. Além dos que vieram por conta, Edmílson, Lúcio, Zé Roberto e Juninho Pernambucano não estavam ainda no local. Chegaram atrasados.
A frieza nas boas-vindas contrastou com a aglomeração no aeroporto de Zurique, onde muitos fãs esperavam a equipe pentacampeã do mundo. Porém, a delegação saiu pela porta dos fundos e causou uma certa revolta nos presentes, cerca de 300 pessoas. Apenas os funcionários que trabalham no parque de desembarque tiveram um contato amistoso com o grupo.
O próximo passo do time será se submeter a exames médicos em uma clínica na cidade de Nottwil (leia texto ao lado). O primeiro trabalho no Estádio Thermoplan, onde todos os 5 mil ingressos diários já foram vendidos, com os 23 jogadores à disposição será possivelmente amanhã (11h45 de Brasília).
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