Uma família curitibana está provando que a paixão pelo automobilismo e o espírito competitivo podem ser herdados geneticamente. Há uma semana, as 100 Milhas de São José dos Pinhais de Velocidade na Terra viraram "Fórmula Bornemann".
No lugar mais alto, ao lado do parceiro Amauri Lisboa (com quem dividiu a direção do Volkswagen vencedor), o patriarca José Bornemann, aos 54 anos, pôde ver que os filhos Christiano (em terminou em segundo, em dupla com Felipe Schultz) e Lucas (na terceira colocação, com Diego Pardo) aprenderam bem com o experiente pai-piloto.
"Fiquei com a sensação de dever cumprido. Todo pai deveria sentir essa alegria. A união que o esporte é capaz de proporcionar é simplesmente fantástica", resume, satisfeito, o líder da família que gosta de levantar poeira.
Os 31 anos dedicados à velocidade renderam a José oito títulos de campeão em diferentes competições e categorias automobilísticas, sem contar as provas e torneios especiais, como a própria 100 Milhas de São José dos Pinhais, espécie de aquecimento para o Campeonato Paranaense de Velocidade na Terra.
Contudo, ele próprio reconhece que uma das suas maiores conquistas foi conseguir fazer, sem qualquer espécie de pressão, com que seus dois descendentes seguissem de forma natural e espontânea o caminho por ele inspirado. "Não induzi, mas desde crianças eles tomaram gosto por me acompanhar nos autódromos. O ingresso dos meus filhos nesse mundo foi natural, nada forçado", garante.
Enquanto correm, a esposa-mãe, dona Telma Bornemann, prefere acompanhar tudo de longe e saber dos resultados apenas depois das provas. Ela fica aflita nos autódromos.
O filho mais velho, Christiano, 33, atual campeão paranaense de velocidade na terra na categoria Marcas, confirma a escolha própria. "Gosto de competir e segui nesse caminho porque fui atraído por ele", diz o piloto, que participou pela primeira vez de uma disputa sobre rodas aos 15 anos, como navegador do seu pai, que pilotava um jipe, em um rali.
Pai e filho, que foram campeões juntos em 95 e em 96 formaram dupla no Campeonato Paranaense de Marcas, hoje são adversários nas pistas de terra. "Foi a transformação do herói em rival, pois de 2002 a 2006 apenas dois pilotos andaram na minha frente, e meu pai foi um deles", destaca.
O bom resultado no último domingo fez José mudar seus planos para 2007. Ele planejava parar de competir, mas decidiu continuar "incomodando" Christiano e Lucas nas pistas e vai disputar novamente o campeonato paranaense da modalidade neste ano.
Mas, mesmo depois de resolver "pendurar o capacete", José deverá ver se os Bornemann continuando a fazer história no automobilismo paranaense. Até mesmo a terceira geração está sendo preparada. Bruno, de 13 anos, filho de Christian, é figura assídua nas pistas de kart, onde, segundo o pai-coruja, já provou ter grande potencial.
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