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Corredor faz hino para prova

A Maratona de Curitiba inspirou a veia artística do atleta londrinense Jurandir Pereira do Carmo, de 52 anos. Ele, que participou de todas as edições do evento e está pronto para mais uma, há dois meses compôs uma letra de música em homenagem à corrida curitibana. "Já estive em 33 maratonas em todo o país e fiz isso para saudar aquela que, para mim, é a melhor maratona do Brasil", justifica. "A linda maratona de Curitiba eu vou correr/ E é pela capital do Paraná que você vai me ver/ Bobo eu seria se deixasse de correr", diz o início da composição. (FM)

À base de interação e muita amizade, vários grupos se encontrarão amanhã para participar da 11.ª Maratona de Curitiba, um dos principais eventos esportivos organizados pela prefeitura da capital paranaense. A Praça Nossa Senhora da Salete, no Centro Cívico, ponto de partida e chegada da prova, reunirá amigos, freqüentadores de uma mesma academia e colegas de trabalho, que, expressando a socialização pelo esporte, enfrentarão juntos a jornada pelo asfalto.

Um destes grupos é formado por alunos da Academia Cabral, localizada no bairro de mesmo nome. "Nos reunimos há três anos para participar das mais variadas corridas", diz Murilo Bastos, coordenador da equipe que, na manhã deste domingo, será formado por 55 pessoas que correrão próximas umas das outras. "O aspecto social é destacado na maratona, pois um ajuda e estimula o outro", afirma Bastos. Para ele, a participação em conjunto facilita a conclusão do percurso. "Estar em grupo torna tudo mais fácil", diz.

O companheirismo irá mover também uma turma que intercala as corridas com o expediente. Quinze funcionários da Bosch, empresa localizada na Cidade Industrial, participarão do evento. A multinacional possui uma equipe de atletismo formada por funcionários. Eles treinam na pista da associação dos empregados, localizada junto à empresa. "A atitude deles é extremamente válida, pois, além da integração, promove a saúde e o bem-estar", ressalta Marco Antônio dos Santos, um dos professores de Educação Física que coordena as atividades esportivas na Bosch.

Muitos grupos surgem de forma totalmente despretensiosa, como aconteceu com a equipe da Academia Oxy Place, que amanhã estará com 20 pessoas competindo. "Tudo começou este ano, com uma brincadeira com duas alunas da academia. Como elas eram muito ativas, sugeri que participassem de corridas", lembra Francisco Vaini, o Chico, professor do estabelecimento.

Ele pesquisou, formou um cronograma de corridas na cidade e divulgou para as alunas. "Elas gostaram da idéia e começaram a fazer propaganda boca-a-boca. Na primeira corrida, em maio, levamos 70 pessoas. Até um ônibus foi fretado", recorda. O sucesso da iniciativa, segundo ele, está na ajuda mútua. "Eles conseguem eliminar o 'não vou porque não consigo'. Um dá forças para o outro."

A atividade em grupo é tão bem aceita que a sua organização chegou à profissionalização. É o caso da Trainer Assessoria Esportiva, empresa dedicada ao preparo e treinamento para caminhadas e corridas. A preparação dos clientes da Trainer acontece em parques e locais públicos, em nove horários semanais.

Para Fábio Alonso, o Tchê, diretor técnico da empresa, a amizade dá o tom nos encontros para correr. "Nas manhãs de sábado, no Parque Barigüi, por exemplo, o treino dura um pouco mais de uma hora, mas depois poucos vão embora. A maioria fica lá a manhã toda, conversando e interagindo", afirma. A Trainer levará amanhã 80 pessoas para participar do maratona curitibana.

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