Milhares de uruguaios atravessarão o Rio da Prata no domingo. Dezesseis anos após sua última conquista, a Celeste, ainda embalada pelo quarto lugar na Copa de 2010, garantiu o lugar na decisão da Copa América ao bater o Peru por 2 a 0, ontem, em La Plata. Decidirá o torneio contra o ganhador de Paraguai e Venezuela, que se enfrentam hoje em Mendoza.
Apesar da proximidade com o país-sede, os uruguaios não chegaram a lotar Estádio Ciudad de La Plata. Os peruanos, com uma grande colônia local, foram quase me-tade do público. E mais animados.
Os seguidores da Celeste só soltaram mesmo a voz após os dois gols de Luis Suárez, logo no início do segundo tempo, e a expulsão de Vargas melhor do Peru.
Na primeira etapa a partida foi arrastada. Afinal, não é muito a do Uruguai jogar como favorito, tomando a iniciativa. Mas se virou como pôde, apostando nas bolas altas. Até que o goleiro Fernández rebateu chute de Forlán e Suárez marcou aos sete minutos após o intervalo.
Então o jogo ficou como os uruguaios gostam. O Peru foi para cima e, seis minutos após se ver em desvantagem, tomou um contra-ataque fatal. Suárez recebeu ótimo lançamento de Álvaro Pereira, driblou o goleiro e mandou para a rede.
Com os gols, o atacante do Liverpool chegou a três e se igualou ao argentino Agüero na artilharia da Copa América. Ainda falta o companheiro de ataque Diego Forlán brilhar. Eleito o melhor jogador do Mundial da África do Sul, há um ano, ele segue zerado na Argentina.
Venezuela busca feito inédito
A Venezuela ter chegado às semifinais com a melhor campanha da Copa América duas vitórias e dois empates sugere algo fora do normal no futebol do continente. Mas não é exatamente por acaso que a Vinotinto enfrentará o Paraguai, hoje, por uma vaga na decisão de domingo.
Os venezuelanos começaram a se preparar para o torneio no dia 27 de maio, enquanto a seleção brasileira, por exemplo, só iniciou os trabalhos em 21 de junho. Desde o ano passado, foram 25 amistosos disputados.
Já o adversário Paraguai chegou com a pior campanha entre os semifinalistas: quatro empates. "Sei que temos de agradecer ao [goleiro] Justo Villar e à sorte", admite o técnico argentino Gerardo Tata Martino.
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