Cansadas de arcar com os prejuízos causados por vândalos (torcedores de futebol, ou não) que destroem ônibus, terminais e estações tubo, a Urbs (Urbanização de Curitiba S/A) e as empresas que administram o transporte público da capital decidiram acionar judicialmente qualquer pessoa envolvida na depredação do patrimônio. O recente ataque de um grupo nesta quinta-feira resultou em seis ônibus destruídos e foi a gota dágua.
O caso mais grave ocorreu por volta das 22h15, logo após o clássico entre Coritiba e Paraná. Torcedores do Coritiba entraram na linha BoqueirãoCentro Cívico, na estação próxima ao Teatro Paiol, no Prado Velho. O quebra-quebra teria começado depois que paranistas passaram a pé atirando pedras contra o veículo.
De acordo com a Urbs, foram quebrados 17 vidros, quatro molduras de alumínio (local em que são fixadas as janelas) e mais uma borracha de janela. Os envolvidos na ação (39 no total) foram contidos por guardas municipais, que acionaram o 2.º Distrito Policial de Curitiba e a Delegacia do Adolescente. Os adultos (17 dos baderneiros) passaram a noite detidos no 2.º DP.
"Chegou a hora de dar um basta nessa bagunça. Todo e qualquer tipo de comportamento que ferir as normas vigentes serão reprimidos pela polícia ou Guarda Municipal e os infratores serão processados", disse Fernando Ghignone, diretor de transportes da Urbs.
Os prejuízos da última confusão ainda não foram contabilizados pela empresa Nossa Senhora do Carmo, mas os envolvidos serão acionados na Justiça, correndo o risco de pagar essa conta. "Existem os lucros cessantes (perda futura), depreciação do veículo, despesas com a disponibilização de veículos reservas, enfim, uma série de implicações que atingem diretamente a população", acrescentou.
As ações serão movidas pelas empresas, com a Urbs que administra o transporte público relacionada como coautora. "Os maiores e os menores com patrimônio serão citados. Os demais menores serão representados pelos responsáveis na ação".
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