Na estréia em sua "Copa do Mundo" particular, o Paraná cumpriu o objetivo de voltar à zona de classificação para a Libertadores. Mas uma desatenção aos 45 minutos do segundo tempo impediu o Tricolor de deixar o Mineirão com a vitória e uma vantagem de três pontos sobre o Vasco, seu principal concorrente por uma vaga no continental.
O Paraná vencia por 2 a 1 até o último minuto de jogo, quando cometeu uma falta nas imediações da área. O Cruzeiro cobrou rapidamente. O árbitro mandou voltar. Na segunda cobrança, o lateral-direito Gabriel apareceu livre dentro da área para chutar no canto de Flávio, decretando o empate Sandro fez os dois gols paranistas e Gabriel marcou também o primeiro tento cruzeirense.
O empate levou o time da Vila aos 50 pontos, ao lado do Vasco. Os paranistas levam vantagem no número de vitórias: 15 a 13.
"Foi um jogo muito emocionante. Antes da partida considerava o empate muito bom, mas pela história do jogo, lamento (o resultado). Só espero que os árbitros não tenham influência nos demais jogos", afirmou o técnico Caio Júnior.
O erro nos instantes finais fechou uma noite de gols perdidos e falhas da arbitragem que tiraram a vitória paranista. Na etapa inicial, Leonardo, Beto e Batista desperdiçaram na cara do goleiro Fábio. Após o intervalo, novamente Leonardo errou quando poderia matar o jogo, pois o placar já apontava 1 a 0 para o Paraná.
Entretanto, os detalhes que mais chamaram a atenção no duelo foram referentes à atuação do árbitro. O desconhecido amazonense Washington Alves de Souza não marcou um pênalti claro do volante mineiro Leandro Silva, que deliberadamente colocou a mão na bola dentro da área aos 28 do segundo tempo, quando o jogo estava 1 a 0.
Outra lambança reclamada ainda mais pelo Tricolor ocorreu na jogada que decidiu o jogo. Na primeira vez em que o apitador mandou retornar a cobrança, o auxiliar Gilbert Ferreira estava dentro do campo posicionando a barreira.
"O Sandro estava na frente da bola e o bandeira estava no campo tirando ele. Não pode acontecer", reclamou o goleiro Flávio. "Para quem não é goleiro é fácil dizer que falhei (no lance do segundo gol), mas foi um chute rasteiro muito forte e próximo ao meu corpo", ponderou o Pantera, que recebeu o terceiro amarelo e não enfrenta o Palmeiras domingo, na Vila Capanema.
A estratégia usada pelo Tricolor foi exatamente a mesma das demais partidas fora de casa. Porém, a aposta somente nos contra-ataques desta vez foi exagerada. Por diversas vezes no primeiro tempo os atacantes Cristiano e Leonardo apareceram no campo de defesa desarmando os cruzeirernses.
"Precisamos de mais um meia para chegar na frente", pedia Leonardo no intervalo.
O camisa 9 foi atendido pelo técnico Caio Júnior com a entrada de Sandro. Sempre perseguido pela torcida nos compromissos em casa, longe da Vila ele brilhou com dois gols.
"Entrei com raiva e com vontade de mostar que posso ser titular", revelou o jogador.
Em Belo Horizonte
Cruzeiro 2Fábio; Luizão, Teco e Júlio César (Francismar); Gabriel, Fábio Santos, Léo Silva (Diego), Leandro Silva e Leandro; Wagner e Jonathas (Ferreira).Técnico: Osvaldo de Oliveira.
ParanáFlávio; Gustavo, Neguette (João Paulo) e Edmilson; Alex, Pierre, Beto, Batista (Sandro) e Eltinho; Cristiano (Henrique) e Leonardo.Técnico: Caio Júnior.
Estádio: Mineirão. Árbitro: Washington José Alves de Souza (AM). Gols: Sandro (P), aos 13 e 42 do segundo tempo; Gabriel (C), aos 34 e 45 do 2.º. Amarelos: Luizão, Leandro Silva, Wagner e Léo Silva (C); Batista, Cristiano, Gustavo, Henrique e Flávio (P). Vermelho: Wagner (C).
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