Um time rápido, mortal no contra-ataque e que encurrala os adversários em casa. Se o Atlético ficou conhecido nacionalmente desta maneira nos últimos anos, deve bastante ao técnico Oswaldo Alvarez.
Foi ele o pai do Quadrado Mágico, que em 1999 reunia Adriano, Kelly, Lucas e Kléber no setor ofensivo, venceu a Seletiva da Libertadores e levou o Furacão à sua primeira participação no principal interclubes da América. A dúvida é se conseguirá fazer algo parecido agora com um elenco de qualidade inferior nas mãos.
As diferenças começam pelas características dos jogadores, principalmente na armação. O quarteto formado na primeira passagem de Vadão tinha meias velozes e objetivos, como Adriano e Kelly, enquanto entre os candidatos atuais Ferreira, Fabrício e Evandro , apenas o primeiro se aproxima dessa maneira de jogar.
Em 99 a dupla de ataque Lucas e Kléber se complementava. Hoje não há sequer uma parceria titular absoluta. Para a partida de domingo contra o Flamengo, Vadão escolheu Dagoberto, em litígio com o clube, e Dênis Marques, que terá de superar a irregularidade. Mas Herrera e Pedro Oldoni também esperam uma chance.
O colunista da Gazeta do Povo e da rádio CBN, Carneiro Neto, acredita ser complicado o treinador formar um novo Quadrado Mágico com os jogadores que tem à disposição.
"Acho difícil pela qualidade individual. O Atlético tem um dos elencos mais pobres do campeonato. Não foi projetado para ser um time de competição, parece uma colcha de retalhos", opinou.
Devido à falta de recursos, ele aposta apenas na motivação para tirar o Rubro-Negro das imediações da zona de rebaixamento.
"A única coisa na qual ele (Vadão) pode realmente influenciar é a parte psicológica", acrescentou.
Mais otimismo tem o também colunista da Gazeta do Povo e comentarista da rádio Banda B, Dionísio Filho. "Vejo jogadores de nível parecido. Apenas o Kléber era mais artilheiro do que o Dênis. O Dagoberto tem tanta ou mais habilidade que o Lucas e o Ferreira faria a função do Adriano. Seriam três rápidos e o Fabrício, que toca bem e tem muita qualidade na bola parada", comparou.
Qualquer tentativa de reeditar o quarteto ficará para o futuro. Para sua estréia, domingo, contra o campeão da Copa do Brasil, Vadão parece estar mais preocupado em dar segurança ao time. Por isso deve jogar com apenas um meia e dois atacantes.
Algo parecido com o que fez em várias partidas na sua segunda passagem pelo clube nas outras foi no 442 , quando o elenco era apenas mediano e não houve chance de ver nada mágico em campo.
STF terá Bolsonaro, bets, redes sociais, Uber e outros temas na pauta em 2025
Estado é incapaz de resolver hiato da infraestrutura no país
Ser “trad” é a nova “trend”? Celebridades ‘conservadoras’ ganham os holofotes
PCC: corrupção policial por organizações mafiosas é a ponta do iceberg de infiltração no Estado
Deixe sua opinião