O ano de 2006 ainda não acabou, mas para Vadão já deveria ter sido esquecido. O técnico atleticano espera começar a próxima temporada do zero. Se for preciso lembrar da atual, que seja apenas para não repetir os mesmos erros. Com base nisso, garante como quase certa a divisão do elenco rubro-negro no Paranaense. Para bater o martelo, contudo, ainda precisa da definição dos jogadores que terá à diposição.

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Em 2006 a passagem do Lothar Matthäus e o caso Dagoberto perturbaram a rotina do clube. Sem isso, você acredita que terá mais tranqüilidade em 2007?É obvio que vamos tentar começar o ano sem nenhum tipo de problema. Tentar eliminar ao máximo qualquer interferência e iniciar com um programa diferenciado.

Após duas apostas de risco, com o Matthäus e o Givanildo, o Atlético contratou você, que já tem história no clube. Seria uma intenção de trabalhar com uma margem de erro menor?Sim. Tivemos inclusive varias reuniões com a diretoria e as coisas não estão acontecendo de uma forma unilateral. A tendência, contudo, é fazer um ano melhor. Mas nunca se pode prever o futebol.

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O Atlético fechou o ano com oito jogos sem vitória. Isso faz com que você comece a temporada mais pressionado, em uma situação menos cômoda do que na virada de 99 para 2000?Acho que temos de esquecer o que passou. Quando chegamos ninguém acreditava na equipe. Com a evolução, principalmente depois que eliminamos o River Plate, criou-se uma expectativa muito boa. Mas nós sabíamos que o time não suportaria tantos jogos seguidos.

E as prioridades para 2007 já estão decididas? É por isso que o Atlético deve utilizar um time B no Paranaense?Em princípio, a prioridade é a Copa do Brasil e a idéia inicial é essa que você falou. Vamos ter um grupo maior e uma programação dupla para curto e longo prazo. Mas o time titular também vai participar do Paranaense em algumas oportunidades, só não sabemos o momento. Primeiro estamos esperando resolver as contratações para ver se vai dar para fazer isso.

Com uma preparação maior, qual o ganho da equipe?Físico, mais nada. O Brasil é o único lugar no mundo que não tem um mês e meio de preparação. Daí temos de sacrificar o Regional e vão dizer que estamos menosprezando, mas não estamos.

Esse seria um dos motivos para os Estaduais estarem tão caídos?Estão caídos porque acabaram com o futebol brasileiro. A Lei do Passe tem de ser urgentemente modificada. Ela facilitou a saída dos jovens e quebrou o futebol do interior, que era o celeiro de jogadores.