O adversário
Conheça mais sobre o Mixto.
História
Fundado em 20 de maio de 1934, recebeu o nome de Mixto por reunir homens e mulheres entre seus idealizadores. O "x" foi mantido no nome mesmo com a mudança ortográfica que mudou a grafia da palavra para misto. Tem um uniforme preto e branco, similar ao do Vasco. Somando a fase profissional à amadora, tem 24 títulos estaduais o último, ano passado.
Fase áurea
O melhor momento do Mixto foi entre os anos 70 e 80, quando disputou 11 edições seguidas do Brasileirão (76 a 86) e sagrou-se campeão do Centro-Oeste, em 76. Foi nesta época que passaram pelo "Tigre da Vargas" seus dois maiores ídolos: o atacante Bife, que jogaria no Porto, e o meia Tostão, que também seria ídolo no Coritiba.
Time atual
O nome mais famoso do Mixto atual é o técnico Wílson Carrasco, jogador do São Paulo nos anos 70. Dentro de campo, o mais conhecido é o goleiro Rafael Fava, que fez carreira no futebol paulista e defendeu o União Leiria, de Portugal. O time vem mal no estadual. Venceu apenas um jogo em seis rodadas e é o quinto colocado do seu grupo.
O Paraná faz diante do Mixto-MT, hoje, às 21h30 (de Brasília), uma partida em que tem muito pouco a ganhar. Uma vitória do Tricolor por dois gols e a eliminação do confronto de volta, na Vila Capanema será "nada mais do que a obrigação" diante de um adversário inexpressivo no cenário nacional. Qualquer resultado diferente disso, e a cobrança em cima dos jogadores e do técnico Paulo Comelli tende a ficar próxima do insuportável. Tudo isso às vésperas do clássico contra o Atlético, domingo de carnaval, na Baixada, pelo Estadual.
"Sinceramente, estou muito ansioso pelo clássico. Mas tenho que manter a tranquilidade nesse jogo importante pela Copa do Brasil, para tentarmos uma arrancada. Vamos tentar matar o jogo de volta, mas sabemos que não vai ser fácil", comenta o meia Lenílson.
Por sua vez, o volante Hernani faz uma análise geral. "Nossa situação é difícil, pelo que a gente sonha e tem trabalhado. Ninguém pensava em estar desse jeito. Mas não podemos nos desesperar. Alguma coisa tem que ser feita, algo tem que ser extraído de nós, atletas, para conseguir melhorar".
No Estadual, o Paraná é apenas o nono colocado, com sete pontos em seis jogos, fora da zona de classificação para a segunda fase. Desempenho ruim que faz Comelli descartar um favoritismo. "Não somos favoritos. O Mixto joga em casa com um calor de 32º C à noite. Será um jogo dificílimo. Mas temos que ter um bom resultado, pois o campeonato é muito importante", diz.
Para tentar reverter esse cenário, a aposta da vez é o atacante Osmar. Ele terá a missão de dar velocidade ao time, recurso perdido com a contusão do meia Elvis. Decisão surpreendente. Afinal, em 2009 Osmar jogou pouco mais de 15 minutos, contra o Paranavaí.
"Ele está trabalhando há dez dias fisicamente. Pela idade dele (21 anos), acho que tem condições de suportar um tempo tranquilamente. Se precisar, temos outras alternativas no banco de reservas", comenta Comelli.
Dos dois garotos que despontavam como opções, Bruno e Maicon, somente o primeiro foi convocado. Provavelmente ainda esta semana, o Paraná deve anunciar pelo menos mais uma nova contratação para o ataque. O mais cotado é Anderson Gomes, com passagem pela dupla Atletiba.
Mesmo longe da condição física ideal e sem ter feito nenhum trabalho técnico, Osmar não poderia estar mais animado com a oportunidade, mesmo com tamanha responsabilidade.
"Espero aproveitar. Vou dar o máximo de mim, e se aparecer uma chance, guardar. Meu ponto forte é a velocidade, ir para cima dos zagueiros e é isso o que o Comelli pediu para eu fazer".
O encontro marca o primeiro jogo entre os dois clubes. Porém, um dos embriões do Tricolor já enfrentou o time matogrossense, justamente na Copa do Brasil. E levou a pior. Em 1989, na primeira edição da disputa, o Mixto venceu o Pinheiros nas duas partidas: fez 1 a 0, no Pinheirão; e fechou com um 2 a 1, no José Fragelli.* * * * * *
Em Cuiabá
Mixto-MT
Rafael Fava; Moura, Rogério, Edenílton e Eduardo; Pitbull, Davi, Dudu e Ilton Mineiro; Tiago e Alex Sorocaba (Ígor).
Técnico: Wilson Carrasco
Paraná
Ney; Murilo, João Paulo, Luis Henrique e Fabinho; Agenor, Hernani, Kléber e Lenílson; Wellington Silva e Osmar.
Técnico: Paulo Comelli
Estádio: José Fragelli. Horário: 21h30 (de Brasília). Árbitro: Marcos Rassi Fernandes (GO). Auxs.: João Patrício de Araújo (GO) e Marco Antônio de Mello Moreira (GO)
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