O herói do Coritiba na partida de ontem foi um zagueiro. Vágner fez nas duas oportunidades em que chegou ao ataque o que o resto da equipe alviverde tentou a partida inteira, quase sem eficiência nenhuma: gols. Foi o defensor que abriu o marcador aos três minutos de partida, quando as coisas pareciam fáceis demais, e que garantiu o triunfo, aos 47 do segundo tempo, quando tudo já parecia perdido.

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O desempenho fez o atleta ser assediado pela imprensa após a partida e revelar uma premonição: "Fui abençoado. Engraçado que hoje (ontem) eu acordei com a sensação de que isso ia acontecer".

Para Vágner, o desempenho foi também uma vitória pessoal. Mineiro de Betim, o jogador chegou aos juniores do Coritiba em 2002, vindo do Atlético Mineiro, mas desde que subiu aos profissionais, em 2004, não conseguiu se firmar na equipe de cima. Ontem, ele só foi escalado porque Nascimento e Márcio Egídio estavam suspensos e Miranda trocou o Alto da Glória pelo Sochaux, da França. A última partida do zagueiro havia sido contra o Goiás, pela nona rodada – derrota por 2 a 1.

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Por isso a definição dada por ele para a partida de ontem tem algo bastante pessoal. "Perseverança está sendo a nossa palavra. Acho que agora a sorte mudou de lado."

No entusiasmo, o zagueiro fez questão de contar como foram os seus dois primeiros gols no ano com camisa do Coritiba. "No primeiro eu dominei, escorreguei um pouco, mais ainda assim consegui acertar o canto do goleiro. Já o segundo foi um prêmio. Eu subi no meio dos zagueiros e fui muito feliz na cabeçada".

A felicidade de Vágner contrasta com a preocupação cada vez maior de Cuca com os constantes erros de finalização apresentados pela equipe alviverde. Uma seqüência de seis minutos da partida de ontem é suficientes para exemplificar o problema. Aos 12, 14 e 15 minutos do segundo tempo, quando o jogo ainda estava 2 a 1, Marquinhos, Alexandre e Rafinha desperdiçaram chances incríveis de gol. Aos 18 minutos, numa falta da intermediária, Renato empatou para o Flamengo.

"Erramos muitos gols, mas chegamos bem lá na frente. É só pegar ritmo que vamos começar a fazer grandes jogos", justificou Alexandre.

A opinião do jogador parece ser também a do presidente do Coritiba, Giovani Gionédis. Ontem, o dirigente voltou a afirma que o elenco do Coritiba está fechado e não serão mais feitas contratações para o Campeonato Brasileiro.

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