A 15ª Delegacia de Polícia do Rio abriu inquérito para apurar qual a relação do atacante Vágner Love, do Flamengo, com traficantes de drogas da Favela da Rocinha, na zona sul da cidade. No dia 27 de fevereiro, o jogador chegou ao local para participar de uma festa sob escolta de homens armados com fuzis. Ele será convocado pela delegada Bárbara Lomba ainda esta semana para prestar depoimento.

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Imagens exibidas pela TV Globo, no domingo, mostraram o momento em que Vágner Love desceu de um carro preto, importado, e seguiu até a quadra onde houve a festa na favela - o trajeto foi feito em companhia de pelo menos dois traficantes armados. A polícia trabalha com a hipótese de que o jogador possa ter cometido crime de associação com o tráfico. Por isso, vai tentar levantar informações sobre o tratamento recebido por ele no evento - se pagou pelo bilhete de entrada e pelo que consumiu, por exemplo.

O jogador se defendeu ao dizer que tem o direito de ir a qualquer lugar do Rio e afirmou não ter culpa se no baile da Rocinha havia pessoas armadas. Contou que tem amigos e um afilhado na favela, o que, para a polícia, seria mais motivo para não receber escolta. Vágner Love declarou também que foi à Rocinha naquele dia para comemorar a vitória do Flamengo sobre o Macaé, por 4 a 1, pelo Campeonato Carioca - ele fez dois gols na partida, disputada em Volta Redonda.

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O Flamengo não quis se pronunciar sobre o caso. De acordo com o chefe da assessoria de imprensa do clube, Bernardo Monteiro, "o Flamengo não vai dar importância ao que não tem importância". "Aqui é o Rio de Janeiro, não tem nada de mais o que o Vágner Love fez", afirmou o assessor. Ainda segundo ele, "tudo que envolve direta ou indiretamente Flamengo tende a chamar mais atenção".