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Nem Paulo Baier deu jeito: o camisa 10 atleticano ficou preso na marcação do Timãozinho e ainda tomou o terceiro cartão amarelo, se tornando desfalque para o jogo contra o Iraty | Pedro Serápio/ Gazeta do Povo
Nem Paulo Baier deu jeito: o camisa 10 atleticano ficou preso na marcação do Timãozinho e ainda tomou o terceiro cartão amarelo, se tornando desfalque para o jogo contra o Iraty| Foto: Pedro Serápio/ Gazeta do Povo

Atlético 1x1 Corinthians-PR

O jogo: No primeiro tempo o Timãozinho se aproveitou do futebol lento do Atlético e marcou com Cícero, em um chute rasteiro de fora da área. Na etapa final o Furacão voltou mais ligado e Kléberson fez um bonito gol de canhota, acertando o ângulo direito. Porém depois disso os visitantes foram melhores e só não venceram por não terem um pênalti legítimo marcado.

Atlético: Sílvio; Manoel, Gabriel e Rafael Santos; Wagner Diniz (Henan), Alê (Claiton), Kléberson, Paulo Baier e Héracles (Ivan González); Guerrón e Wescley. Técnico: Geninho.

Corinthians-PR: Walter; Paulinho, Tiago (Wellington), Peixoto e Digão; Leandro, Willian, Cícero e Adriano Gabiru (Mineiro); Rodrigo Hote (Paulo Henrique) e Renan. Técnico: Luciano Gusso.

Clube tem dificuldade para contratar

Uma equipe abalada emocionalmente e que provavelmente terá de se acertar com os jogadores que já estão no clube. Este foi o diagnóstico do técnico Geninho após mais uma vez ver o Atlético sair vaiado pela própria torcida.

"O time está sentindo muito a pressão e a cobrança", admitiu o treinador. "O que está acontecendo, e preocupa, é que o jogador pega a bola e tem medo de errar. Isso inibe o atleta e fica um jogo feio", analisou.

Surpreendentemente, o co­­mandante disse que o Furacão estava fazendo um bom primeiro tempo até o gol do Timãozinho. Porém, na opinião dele, depois disso bateu o desespero. "No se­­gundo tempo foi mais no abafa, no coração. O time ficou desfigurado", admitiu, assumindo que se estivesse na arquibancada provavelmente teria a mesma reação de revolta.

Como as inscrições para o Es­­tadual encerram-se na quarta-feira, Geninho já trabalha com a hipótese de não receber reforços. "A diretoria tem tentado. Eu também. Mas no momento há poucas mercadorias de qualidade", afirmou o treinador, lembrando da sua última passagem pelo clube. "Tivemos uma situação muito difícil em 2008, naquela ameaça de rebaixamento [no Bras­­i­­leiro]. Aquele grupo se superou. O exemplo está aí para ser seguido", finalizou.

Se nos últimos jogos o Atlético ti­­nha jogado mal e vencido, como afirmou o próprio técnico Geninho, ontem não teve a mesma sorte. O empate por 1 a 1 com o Corinthians-PR, com o adversário tendo um melhor desempenho, foi o suficiente para algo que está se transformando em rotina na Arena: protestos e vaias da torcida. Gritos como "Pa­­ranaense é obrigação" e "ti­­me sem-vergonha" tomaram conta do estádio rubro-negro após o empate.

Depois de entrar no segundo tempo, Claiton foi obrigado a concordar com a arquibancada. "A torcida está braba com razão, porque acho que nós não fizemos tudo o que podíamos", disse na saída de campo. "Não podemos mais perder pontos, senão volta a ser como no primeiro turno, precisando de combinação de resultados. Não podemos bo­­bear", complementou na en­­tre­­vista coletiva – mesmo não tendo começado a partida, ele foi o único jogador a falar após o mau resultado.

O discurso do Predador se justifica porque o empate foi péssimo para as pretensões rubro-negras de vencer o segundo turno e fazer a final do Estadual com o Coritiba. O resultado faz com que o Furacão fique dois pontos atrás da dupla Paratiba, elevando a pressão a níveis máximos no elenco atleticano.

O resultado era previsto pelo futebol demonstrado em campo. Não foi à toa que o presidente Marcos Malucelli e o gerente de futebol Ocimar Bolicenho desceram ao vestiário no intervalo para ver o técnico Geninho es­­bra­­vejar com a equipe, que tinha saído parcialmente derrotada com o gol de Cícero.

A chamada de atenção deu resultado, porém por pouco tempo. Kléberson empatou a partida, no seu primeiro gol desde a volta ao clube, mas na sequência o Furacão perdeu-se novamente. Chegou ao ponto de, na pressa, dois jogadores tentarem bater um lateral ao mesmo tempo. Quase no final do jogo, o Ti­­mão­­zinho só não venceu porque a arbitragem não marcou um pênalti em Mineiro.

Diante de outro jogo ruim, uma atitude de um torcedor mostrou que a cobrança tende a ser maior ainda. Pelo Twitter, ele di­­vul­­gou um número de telefone que supostamente seria do za­­gueiro Manoel – facilmente driblado no gol do Timãozinho –, al­­go que já tinha sido feito re­­cen­­temente com Ocimar Boli­­cenho.

Para a próxima partida, do­­min­­­go, contra o Iraty, fora de ca­­sa, o Atlético deve ter a volta do atacante Lucas e do meia Mad­­son, que juntos marcaram dez gols na temporada, quase um terço da produção de todo o ti­­me. Em compensação, o meia Paulo Baier recebeu o terceiro cartão amarelo e está fora do confronto.

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