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O segundo inquérito que investiga a manipulação de resultados na arbitragem paranaense, no Tribunal de Justiça Desportiva do Paraná (TJD), sofre com a ausência das pessoas chamadas para depor. Depois de Fernando Homann, ex-chefe da Comissão de Arbitragem e Antônio Mikulis, ex-dirigente do Operário, agora é a vez do ex-árbitro Valdir de Córdoba Bicudo ser convocado para depor no TJD e dizer que não comparecerá.

O depoimento está marcado para as 10 horas, desta quinta-feira, mas Bicudo adiantou que não vai aparecer no tribunal. O ex-árbitro afirmou que tem uma fita gravada com uma conversa "explosiva" que poderia anular a Série Prata do Paranaense.

As três testemunhas (Homann, Mikulis e Bicudo) foram chamadas pelo auditor Paulo César Gradella Filho, na investigação do inquérito que apura as denúncias do ex-árbitro José Carlos de Oliveira, o "Cidão", que acusou o presidente da Federação Paranaense de Futebol (FPF) Onaireves Moura de participar do esquema de manipulação de resultados.

Mesmo sem o depoimento das três testemunhas chaves, o auditor Gradella Filho espera concluir o inquérito na semana que vem. "Estamos concluindo a investigação interna da comissão de inquérito, mas ainda faltam alguns elementos. Na próxima semana farei o relatório que irá afirmar se há indícios ou não para uma futura denúncia da procuradoria do tribunal", explicou o auditor.

O presidente do TJD, Bortolo Escorssim está descontente com as ausências dos depoentes. "Vamos investigar e punir os culpados, mas sem provas não podemos condenar ninguém e as testemunhas não estão ajudando não aparecendo para depor", desabafou. O primeiro inquérito acabou com 13 pessoas denunciadas, sendo que oito foram condenadas e cinco absolvidas.

Associação de árbitros

Sobre a denúncia do contabilista Airton Nardelli que acusou o ex-presidente da Associação de Árbitros do Paraná (APAF), Nelson Orlando Lemkhul, de deixar um rombo de R$ 360 mil nas contas da APAF, o auditor Paulo César Gradella Filho afirmou que não vai incluir no inquérito.

"Não se relaciona com o objetivo da investigação, que é a manipulação da arbitragem. Se abrirmos muito o leque não vamos acabar nunca o inquérito", explicou o auditor.

Nelson Lemkhul, que foi presidente da APAF de 1997 a 2000, se defendeu das acusações de Nardelli e disse que são todas absurdas. Lemkhul afirmou que o dinheiro (R$ 360 mil) não poderia ter ficado na associação, pois eram destinados ao pagamento dos árbitros escalados para trabalhar no Paranaense de 2000. "Ele (Nardelli) ficou com os documentos e agora está usando-os para fins políticos", afirmou Lemkhul.

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